O futuro do turismo interno passou por Anadia. Durante três dias, mais…
A bússola aponta para a natureza, a paisagem e o poder do…
No coração verde do concelho de Viseu, Côta é uma aldeia onde…
Muito rock, muitas motas de diferentes tamanhos e modelos e muitos coletes de cabedal com dezenas de emblemas cozidos. O primeiro dia da XVIII Concentração Motard de Viseu, que começou na sexta-feira, dia 1 de setembro, foi um sucesso. Quem o assumiu foi o presidente do Moto Clube de Viseu, Vítor Cálix.
Quem esteve no evento, contudo, pôde verificar, quer pelo número de visitantes, quer pelo número de motas estacionadas no terreno do Moto Clube, que, mais do que um sucesso, o primeiro dia desta concentração levou a Viseu centenas de aficionados por motas. Realizada pelo segundo ano nas instalações da atual sede do clube motard da cidade, foram várias as adaptações que se realizaram para que o evento deste ano decorresse o melhor possível.
Em primeiro lugar, o passeio de motas pela cidade de Viseu, que este ano contou com o auxílio de um tipo diferente de aficionados por motas, os agentes da PSP de Viseu. Com os seus veículos pintados a azul e branco, foram ajudando a conduzir a longa caravana de motas que se juntou para dar início à concentração. “Funcionou tudo muito bem. Tivemos a ajuda da PSP e da Polícia Municipal. No ano passado não os requisitámos e não correu tão bem”, explicou Vítor Cálix no fim do primeiro dia, visivelmente cansado, mas satisfeito com o resultado. “Há coisas que não podemos facilitar. Para que as coisas encaixem e corram bem, temos de pedir a ajuda das autoridades.”
Na chegada ao recinto da concentração, tudo estava pronto para receber as motas dos motards que vinham de vários pontos da Europa. A entrada, dividida por barreiras de metal, separava os corredores de entrada e de saída de motas, para que pudessem depois entrar de forma ordeira na avenida Regimento de Infantaria Nº14, sem causar qualquer risco de incêndio. No parque de terra batida, dezenas de motas alinhadas. Scooters, Piaggio, Harley Davidson’s, Moto 4, Yamaha’s ou Casal Boss’s, era possível encontrar qualquer tipo de mota para qualquer tipo de motard.
“Há pouco estive ali na entrada e cumprimentei um casal que tinha chegado de Albufeira. Há gente de todo o lado”, explicou o presidente do Moto Clube de Viseu. “Suíça, Alemanha, Luxemburgo, as pessoas escolheram as férias para estar cá no dia da concentração. Alguns são sócios do Moto clube de Viseu há muitos anos, e outros são de Viseu e fazem questão de vir á concentração nesta altura. Muitos vêm de longe e de mota para cá estarem, e são muitas horas de viagem.”
Um palco montado no outro lado do recinto albergou nessa noite o grupo “Rockalady”, DJ Kira e uma sessão de striptease feminino. Viradas para o palco e dispostas em meia-lua, várias barracas vendiam um pouco de tudo: bifanas, cerveja, camisolas, emblemas. Um estúdio de tatuagens fazia pequenas obras de arte a quem desejasse eternizar o evento. Um stand de motas tinha sido improvisado no local, publicitando os novos e melhores modelos de motociclos.
Alguns dos motards tinham trazido as suas mulheres, outros tinham trazido um amigo ou um familiar. As crianças, algumas delas também de colete de cabedal e bandana na cabeça, corriam pelo recinto de terra batida, levantando pó enquanto brincavam umas com as outras. Como os pais, sabiam que este tipo de eventos pretende, acima de tudo, uma coisa: levar os amigos a juntarem-se num momento de confraternização e a partilhar o amor que têm em comum pelos veículos de duas rodas.
Sem chuva, e com uma temperatura amena, o primeiro dia da concentração motard pôde contar com várias pessoas a andar de um lado para o outro no recinto, e muita cerveja consumida. “Já me disseram que tenho de reforçar o stock amanhã”, contou Vítor Cálix ao Jornal do Centro.
Os motards que quisessem beber mais do que uma cerveja sem correr o risco de conduzir uma mota alcoolizados tiveram a hipótese de pernoitar na sede do Moto Clube de Viseu, deixando as motas em segurança no interior do recinto ou numa garagem localizada na sede. “Podem acampar aqui. Temos um terreno espetacular, com zona de sombra com eucaliptos e tudo bem limpo. Temos casas de banho exteriores com duches de água quente e fria para tomarem os seus banhos”, disse o responsável pelo evento.
Quem preferisse dormir no interior da casa que serve de sede ao Moto Clube de Viseu em vez de dormir numa tenda também o pôde fazer. O interior da vivenda dispunha de uma camarata com seis beliches, um quarto de casal e outro quarto com capacidade para três pessoas lá dormirem. Um grupo maior que optasse por dormir no interior da sede poderia ainda optar por dormir na sala, onde, além de poderem utilizar os sofás-cama disponíveis, podiam dormir no chão caso trouxessem um saco-cama.
No fim, o primeiro dia da concentração motard ultrapassou as expectativas altas impostas pelo presidente. Da parte dos visitantes, muitos risos, sorrisos e um stock de cerveja quase a esgotar foram bons indicativos da alegria de quem apareceu. “Tudo isto são sinónimos de que está a funcionar. Se não funcionasse, as pessoas não bebiam, não comiam, porque ficavam apreensivas e, portanto, este é o primeiro sintoma que está tudo a correr bem”, concluiu Vítor Cálix.