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Ação/Reação: Não basta convidar as pessoas para o interior, é preciso motivá-las e dar-lhes oportunidades, defendem autarcas

 Ação/Reação: Não basta convidar as pessoas para o interior, é preciso motivá-las e dar-lhes oportunidades, defendem autarcas
17.03.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Ação/Reação: Não basta convidar as pessoas para o interior, é preciso motivá-las e dar-lhes oportunidades, defendem autarcas
07.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Ação/Reação: Não basta convidar as pessoas para o interior, é preciso motivá-las e dar-lhes oportunidades, defendem autarcas

Mais do que identificar e reconhecer os territórios desertificados, há que procurar respostas e soluções para lhes voltar a dar vida. Foi este o ponto de partida de uma nova edição do “Ação/Reação”. A iniciativa do Jornal do Centro que tem ouvido os autarcas da região debruçou-se desta vez sobre a necessidade de recuperar população nos territórios de baixa densidade populacional e juntou em estúdio os presidentes da Câmara de Oliveira de Frades, João Valério, e de Vila Nova de Paiva, Paulo Marques. O autarca de Oliveira de Frades defende que Portugal está a viver “o resultado de políticas territoriais desajustadas”. Reconhecendo que este é uma questão que é urgente resolver, João Valério lamenta que faltem pessoas e exista indústria para as poder empregar. “Durante anos defendeu-se que a indústria era fator principal para atrair pessoas. E isso hoje não se verifica”, atira. Para João Valério as autarquias podem resolver alguns detalhes que ajudem a aumentar o interesse nas regiões do interior, mas pede políticas nacionais que levem o país a voltar as atenções para os territórios mais afastados do mar.

“Cada autarquia deve olhar para o território e criar infraestruturas básicas: boas escolas, boa rede cultural, estradas, zonas industriais que permitam a captação de investimento e a criação de emprego”, começa por referir o líder da autarquia de Oliveira de Frades. No entanto, para além do que as Câmaras podem fazer, João Valério pede “políticas nacionais sérias que façam com que os jovens regressem ao interior”. “Isso passa por uma baixa no IRS, um escalão único, na ordem dos 15%-20% para quem resida no interior, uma total isenção de portagens, política de habitação mais agressiva do ponto de vista fiscal para quem queira construir no interior e premiar os empresários que queiram fazer vida no interior”, descreve.

O autarca entende que o apoio ao tecido empresarial é fundamental e pede à tutela que repense o apoio ao emprego. “Trará emprego especializado, que é algo que está a faltar aqui. Temos muitos jovens que saem para as faculdades e já não voltam. Temos de conseguir polos mais tecnológicos, empresas mais diferenciadoras que permitam a esses jovens regressar e encontrar nas suas terras essa diferenciação”, sustenta.

Fim das portagens e melhores estradas apontadas como solução para tornar territórios atrativos
Já o presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva, Paulo Marques reconhece uma diminuição da população no concelho. “Foi transversal à nossa CIM. Apenas Viseu viu aumentar a população. Conforme há esta razia para o litoral, também sentimos que houve uma viagem das nossas populações para Viseu, por vários motivos. É tempo de chamar os nossos jovens para a sua terra e isso tem acontecido. Temos sinais claros de que está a acontecer no nosso concelho. Vila Nova de Paiva é um concelho pequeno, periférico na nossa CIM, que está longe das boas redes viárias. Não nos podemos comparar com Oliveira de Frades, que tem uma autoestrada ao lado. Isso faz toda a diferença”, reconhece. O autarca acrescenta que “as políticas nacionais também têm de ajudar” e defende que as medidas tomadas por Lisboa “estiveram erradas ao longo de décadas”. “A isenção das portagens é algo que deveria existir desde sempre. Se tudo correr bem, as portagens serão isentadas. É uma questão de justiça”, afirma.

Entraves identificados é altura de olhar para o que pode ser feito. “Temos de olhar para os emigrantes. O mercado que antes era da saudade, é agora do empresário que quer regressar. Temos tido alguns sinais com alguns casais jovens a investir no nosso concelho. Vive-se muito bem no nosso concelho”, acrescenta. Se a aposta é fazer os emigrantes regressar à terra, a mão de obra imigrante pode ser também uma alternativa para fazer face à falta de trabalhadores. “Vai ter de ser por aí. Nós não temos um concelho assim tão industrializado como Oliveira de Frades. Nem pretendemos. Mas precisamos que venha gente de fora. E tem vindo. Há o regresso de alguma população brasileira, que tem raízes no nosso concelho e tem investido no concelho e chama amigos, conhecidos para se instalarem no concelho. Não há desemprego no nosso concelho, mas queremos novas empresas e que venham mais pessoas”, ressalva Paulo Marques.

Num outro olhar para a discussão, o presidente da Câmara de Oliveira de Frades, defende que a aposta nas acessibilidades deve continuar a ser uma prioridade. “Foi um dos motivos da saída de empresas e pessoas do interior”, aponta. Mas há também um longo caminho a percorrer na tentativa de captar a população que escolhe o concelho para trabalhar. “Oliveira de Frades aumenta de população na ordem dos 15-20% durante o horário de trabalho. São pessoas que vêm, trabalham na zona industrial, mas depois regressam a locais tão diferentes como Porto, Coimbra ou Aveiro. Temos de procurar fixar estas pessoas e dar-lhes a qualidade de vida, do ponto de vista das ofertas culturais, desportivas e escolares que encontram noutros locais. O incentivo fiscal sério a estes trabalhadores é um atrativo forte para que possam constituir família. Dir-se-á que tem um custo, mas as políticas sociais têm custos. Temos de saber o que queremos. Ou queremos deixar que tudo continue assim e perdemos mais de 25 mil pessoas ou temos de inverter o ciclo. Também nunca ninguém estimou qual é o custo de termos um território abandonado. Os incêndios, as empresas que vão encerrando por falta de mão de obra…”, indica.

Falta de fibra ótica não ajuda a convencer jovens e empresas a escolherem interior
Para o autarca de Oliveira de Frades a aposta na ferrovia e no corredor atlântico é “um investimento fulcral para o distrito de Viseu”. “Seria um impulso enorme para os concelhos da região, não apenas os que tivessem linha férrea a atravessar o território. É transversal e decisivo para que as nossas empresas cresçam e se continue a atrair empresas”, diz. João Valério defende o fim do que chama de “políticas territoriais centralizadas” e defende “polícias policêntricas”, nas quais os grandes investimentos também sejam levados para o interior. “É um sinal que temos de dar ao país. Se continuar a fixar as universidades com cursos âncora apenas no litoral, os jovens saem, vão estudar para lá e já não regressam”, explica.

A aposta na ferrovia une os dois autarcas. Paulo Marques defende que “tudo o que seja benéfico para a região, é benéfico para Vila Nova de Paiva”. “Nós não vivemos isolados, mas numa comunidade. Todos dependemos uns dos outros”, constata. Para o presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva “há erros que se pagam caro”. “Viseu ter ficado sem ferrovia, custou milhões de euros e muitos anos de vida à região. Felizmente a ferrovia vai voltar a Viseu e isso vai ajudar”, confia. Além do regresso do comboio, a estrada pode também significar progresso. “Coisas tão simples como a Estrada Viseu – Sátão é, para nós, extremamente importante. Mais importante do que a ferrovia? Sim. Essa estrada é fulcral para estarmos mais perto de Viseu e da autoestrada, também. Essa estrada é muito, muito importante que esteja a ser remodelada”, vinca.

E porque nem só de transportes vivem as políticas territoriais e demográficas, Paulo Marques lembra o investimento anual entre 40 a 50 mil euros nas cantinas escolares. “Aposto no bem-estar das crianças que, no futuro, vão ser mais saudáveis e estudar melhor. O que hoje é um custo, amanhã é um benefício. Tal como por exemplo a Cultura”, ressalva. Também João Valério entende que há outros vetores fundamentais para a captação de investimento e de atração de pessoas e de empresas. “Continuamos sem fibra ótica em grande parte do território. Quando falamos em teletrabalho, em captar jovens para o interior, os jovens chegam e não têm fibra ótica. É difícil convencer alguém a ficar neste território. É uma infraestrutura básica. Tem de ser assumido nacionalmente como um custo, com benefício tremendo na captação e fixação de jovens e empresas”, revela.

Num debate moderado pela jornalista Micaela Costa, o tema da habitação foi também abordado. O presidente da Câmara de Oliveira de Frades lembra o programa municipal de apoio ao arrendamento que procura facilitar o acesso a uma casa. Também o autarca de Vila Nova de Paiva refere que vai ser feita a reabilitação do centro histórico e depois construídos novos fogos.

 Ação/Reação: Não basta convidar as pessoas para o interior, é preciso motivá-las e dar-lhes oportunidades, defendem autarcas

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