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Ainda não se sabe qual vai ser o futuro do complexo turístico do Almargem, em Viseu, mas a autarquia quer que o projeto tenha andamento, até porque mandá-lo demolir é um esforço financeiro demasiado elevado para os cofres da Câmara.
O presidente da autarquia disse esta quinta-feira que vai de novo voltar a contactar o advogado que tem sido o interlocutor dos investidores para saber se o complexo vai ou não ser concluído. “É um assunto que me incomoda”, assumiu o autarca.
“Temos a palavra de um advogado que disse que as obras começavam no final do ano passado ou no início deste ano. É onde estamos, vamos agora perguntar-lhe como isto está”, acrescentou Fernando Ruas, para quem este complexo tem “viabilidade”, mas que, lembrou, não assistiu nem ao início da sua construção nem ao seu abandono.
Em abril de 2023, o presidente da Câmara tinha assumido que em 2024 o parque aquático do Almargem ou avançava ou era demolido, isto depois da autarquia ter feito uma declaração de caducidade.
Mas a demolição é um caminho que Fernando Ruas não quer trilhar até porque, como salientou, é um processo demasiado oneroso para a Câmara. “Nós seguimos atentamente a situação, mas da nossa parte há uma coisa que não podemos fazer. Se se determinar a demolição não é a Câmara que tem a capacidade financeira para fazer uma demolição daquelas, nem de perto nem de longe”, concluiu.
As obras de construção de um parque aquático na praia fluvial do Almargem estão paradas há vários anos e o empreendimento ficou a “meio caminho” na construção e em processos judiciais.
O equipamento deveria ter sido inaugurado em 2015, com um investimento de 25 milhões de euros. Mas o complexo foi abandonado abandonado devido a problemas de financiamento e irregularidades no processo.
O projeto, que foi considerado de Interesse Nacional, teve início em 2008, apoiado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, mas rapidamente viu as suas aspirações de financiamento serem goradas.
Quatro anos depois, o financiamento começou a ter problemas e foi necessário reduzir o valor de investimento, tendo passado a ser de 16,5 milhões de euros para que fosse apresentada uma candidatura aos fundos comunitários.
A obra arrancou no final do verão de 2014, tendo a entidade Turismo de Portugal avançado com um primeiro e único pagamento de pouco mais de um milhão de euros, mas foram detetadas irregularidades no processo e o empreendimento voltou a sofrer mais um corte. Com tudo isto, a banca retraiu-se e o projeto Almargem Water Resort, como se chamava, ficou no papel.
Além das piscinas, o complexo incluía também um hotel, um parque de campismo e uma mini-hídrica, entre outras valências.