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Altitudes: uma viagem cultural no coração da Serra do Montemuro de 9 a 16 de agosto

Em Campo Benfeito, desde 1998 que a pequena aldeia de 50 pessoas se torna num placo gigante com “pessoas que chegam não se sabe bem de onde"

 Altitudes: uma viagem cultural no coração da Serra do Montemuro de 9 a 16 de agosto - Jornal do Centro
22.07.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Altitudes: uma viagem cultural no coração da Serra do Montemuro de 9 a 16 de agosto - Jornal do Centro
22.07.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Altitudes: uma viagem cultural no coração da Serra do Montemuro de 9 a 16 de agosto - Jornal do Centro

Campo Benfeito, em Castro Daire, volta a ser palco do Festival Altitudes, um dos eventos culturais mais singulares da região. Acontece entre os dias 9 e 16 de agosto. Organizado pelo Teatro Regional Serra do Montemuro (TRSM), o festival chega com uma proposta que convida o público a sentir com todos os sentidos, a deixar-se levar pela imaginação e a afastar-se do quotidiano.

A edição deste ano apresenta uma programação composta por quinze propostas culturais que atravessam diferentes linguagens artísticas, do teatro à música, passando pelas artes plásticas, oficinas criativas e uma conferência. 

Os espetáculos e atividades estão distribuídos por vários espaços físicos e pensados para públicos diversos, reforçando a missão do festival de ser “um ponto de encontro intergeracional e comunitário, num ambiente festivo, afetivo e de verdadeira partilha”, como assinala a organização.

A abertura do Altitudes acontece a 9 de agosto com “Violinos para a Periferia”, uma criação do Teatro do Montemuro que, com humor e música, narra a história de uma companhia de teatro que troca a cidade pelo campo em busca de novas formas de criação. Ainda no mesmo dia, à noite, o palco do Espaço Montemuro recebe o concerto “Miguela”, de Silly (Maria Bentes), num registo intimista que mistura pop e R&B com ambientes eletrónicos.

De 10 a 16 de agosto, decorre o já habitual atelier “Bicho Papelão”, que desafia os mais novos a criar e contar histórias num espetáculo coletivo, explorando o teatro como uma forma lúdica e criativa de expressão.

Também a 10 de agosto, o Teatro do Montemuro apresenta “Game Over”, um espetáculo didático que alerta para a dependência do digital entre os mais jovens. No mesmo dia, a companhia Jangada Teatro leva ao palco uma adaptação humorística de “Romeu e Julieta”, que promete surpreender com uma abordagem original e irreverente ao clássico de Shakespeare.

No dia 11, o espetáculo “Fio Menal”, da companhia Urze, mergulha no universo da saúde mental e da insatisfação com o mundo moderno, propondo uma viagem entre o desespero e a esperança.

A 12 de agosto, “Debaixo do Poilão”, da Astro Fingido, apresenta uma narrativa inspirada em contos africanos e nas raízes culturais cabo-verdianas, onde o teatro se funde com a memória e a ancestralidade.

No dia seguinte, a ACTA – Companhia de Teatro do Algarve – leva ao palco “Sermão de St.º António aos Peixes… e aos Outros pela Divina Graça do Teatro”, um espetáculo que combina humor, crítica social e marionetas, inspirado no texto clássico do Padre António Vieira.

“Ibéria”, da Peripécia Teatro, é apresentado no dia 14 de agosto e convida o público a revisitar, com humor e inteligência, mais de mil anos de história partilhada entre Portugal e Espanha.

Para os mais pequenos, no dia 15 sobe a palco a peça “O Urso que Não Era”, um espetáculo poético e atual que questiona a identidade e critica as rotinas modernas, a destruição da natureza e a desumanização.

No mesmo dia, realiza-se também a conferência “Lugares de Ninguém, Povos de Todos”, conduzida por José António Pereira e o TRSM, onde se reflete sobre o papel da música como elo de ligação entre territórios e como elemento identitário coletivo.

Mais do que um festival de passagem, o Altitudes é um festival de relações, de memória, de afetos. É este o compromisso que o Teatro do Montemuro tem mantido desde 1998. 

“É a partilha que está na génese deste acontecimento anual, a partilha de projetos entre pares, a partilha de espetáculos com o público”, referem os promotores. 

O Festival Altitudes, que começou em 1998 como uma troca de espetáculos entre duas ou três companhias, propõe hoje ao seu público espetáculos de teatro nacionais e internacionais, concertos, espetáculos de dança, residências, ateliês, exposições de artes plásticas, ciclos de cinema e conferências. 

Uma programação cada vez mais abrangente e a cada ano mais exigente, porque responde à exigência de um público regular, interessado, crítico”, admitem.

Isto porque, os 50 habitantes permanentes da aldeia de Campo Benfeito não são suficientes para preencher os quase 200 lugares que ficam lotados todos os anos durante o festival. 

“São pessoas que vêm não se sabe de onde”, como lembrou Fernando Tordo no concerto de encerramento da edição de 2018, surpreendido com a inusitada localização geográfica do festival, mas também com a quantidade de público que frequenta os espetáculos.

O Festival Altitudes é mais um exemplo de dinamização da região e de descentralização das artes. O público chega à pequena aldeia de Castro daire de Lisboa, do Porto, de Viseu, Castro Daire, Lamego e de tantos outros locais, para assistirem às propostas artísticas, fica uma noite ou durante vários dias na região. 

O equilíbrio entre novas propostas e nomes amplamente reconhecidos, a qualidade inquestionável da programação e a inigualável situação geográfica fazem do Festival Altitudes uma referência na programação cultural e artística a nível nacional”, garantem os críricos.

O Teatro do Montemuro iniciou a sua atividade em 1990, trabalhando de uma forma experimental até 1995. A ausência de atividades culturais, a falta de oportunidades e o inconformismo levaram um grupo de jovens a investir a sua energia num projeto que lhes permitiria fixarem-se na sua terra. Hoje, a pequena aldeia de Campo Benfeito, encravada entre os montes da Serra do Montemuro, tornou-se um local de referência na criação, difusão e programação artística.

O Teatro do Montemuro assume-se por obrigação e vocação uma companhia itinerante, que investe os seus recursos humanos e técnicos na circulação das suas produções artísticas. A companhia continua a apostar na criação de textos originais contemporâneos, inspirando-se nas mais variadas situações da atualidade. Tudo acontece num processo coletivo que une autores, encenadores, cenógrafos, atores, músicos e é desta forma democrática que nascem os espetáculos.

A identidade artística foi sendo criada com base nas vivências rurais, mas principalmente através da partilha humana que desde o início a companhia promove.

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