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A Câmara de Viseu quer que a secular Dança da Morgadinha, uma tradição inserida nas Cavalhadas de Teivas, passe a integrar o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, anunciou hoje a vereadora Leonor Barata.
A Dança da Morgadinha é considerada o ex-líbris das Cavalhadas de Teivas, que este ano saem à rua no dia 15 junho.
Em pares, cerca de uma centena de pessoas exibe vestidos, fatos e chapéus de cores alegres e dança uma coreografia, num desfile que conta também com carros alegóricos e tradicionais, grupos de bombos e fanfarras, bandas filarmónicas, cavalos a trote, música e animação.
“As nossas tradições são muitíssimo ricas e precisam de ser inventariadas”, justificou a vereadora da Cultura, durante a apresentação da programação de verão para os meses de junho e julho.
Segundo a técnica da Divisão da Cultura e Turismo da autarquia que está a tratar da candidatura, Fernanda Mendes, o dossier está concluído, encontrando-se o processo em “fase de submissão da documentação”.
A técnica estimou que conseguirá terminar o processo de submissão da candidatura no prazo de duas semanas e mostrou-se confiante em que seja aceite.
Como pontos fortes desta tradição centenária, apontou a especificidade da Dança da Morgadinha e o facto de nela “estar envolvida toda a comunidade, que é um dos requisitos para se conseguir inscrever no Património Imaterial”.
“É o que se verifica, toda a gente participa: crianças, adultos, a comunidade em geral. Estão reunidas todas as condições”, frisou.
As Cavalhadas de Teivas envolvem anualmente cerca de 500 pessoas que, além de ensaiarem a Dança da Morgadinha, ao longo dos meses constroem os carros alegóricos e tradicionais que vão desfilar desde a aldeia até ao centro da cidade de Viseu.
Segundo a Câmara de Viseu, inicialmente, a Dança da Morgadinha “era apenas composta por homens e tinha como finalidade criticar as indumentárias, usos e costumes da sua época”.
“Acima de tudo, esta festividade, que remonta a 1643, segundo reza a tradição oral, testemunha a alma de um povo trabalhador cuja libertação se traduzia nos cantares e nas danças, um espírito que ainda hoje as antigas e novas gerações procuram retratar neste cortejo”, pode ler-se no sítio da Internet da autarquia.
Pouco mais de uma semana após as Cavalhadas de Teivas, que vão na sua 372.ª edição, no dia 24 cumpre-se a 373.ª edição das Cavalhadas de Vildemoinhos, um cortejo que remonta a 1652.
Esta tradição é, de acordo com a autarquia, “uma festividade simbólica, um ritual anual de agradecimento a São João, o santo milagroso que acudiu às preces de moleiros e aldeões em épocas de desespero”, na sequência de uma luta entre agricultores e moleiros pelas águas do Rio Pavia.
Fernando Ruas garantiu que, à semelhança do que aconteceu com as Cavalhadas de Teivas e a Dança da Morgadinha, também será encontrada uma particularidade das Cavalhadas de Vildemoinhos para apresentar uma candidatura ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
As Cavalhadas de Teivas e de Vildemoinhos integram a programação de verão da autarquia, a par de outras iniciativas que oferecem música, dança, teatro, cinema, artes plásticas, etnografia, atividade física, gastronomia e artesanato.
A 22.ª edição da Festa das Freguesias (entre 06 e 8 de junho), o 27.º Desfile Nacional do Traje Popular Português que juntará mais de mil participantes de todas as regiões de Portugal Continental e da região autónoma da Madeira (dia 07 de junho) e o Verão no Parque (entre 06 de junho e 27 de julho) são alguns dos eventos agendados.