O presidente da concelhia de Viseu do CDS, Paulo Duarte, apresentou recentemente a sua demissão do cargo.
O agora ex-dirigente centrista Paulo Duarte eleito presidente da concelhia do CDS de Viseu . Agora, diz que dá por terminado “um ciclo de intensa atividade política”. “Faço-o sem estados de alma. É apenas um ato político normal num partido adulto e civilizado”, refere numa nota publicada na sua conta do Facebook.
A demissão surgiu no seguimento da crise no CDS que culminou com a perda de representação parlamentar nas legislativas de janeiro. Nas autárquicas de 2021, o partido , tendo obtido 2,02 por cento.
Paulo Duarte, que foi também vice-presidente da direção nacional de Francisco Rodrigues dos Santos, lembrou que a sua eleição na concelhia de Viseu “teve como único objetivo não permitir que o CDS ficasse sem candidaturas às eleições autárquicas”, dizendo que os órgãos locais do partido “estavam votados ao abandono há anos”.
“A minha missão era a de estancar o seu total desaparecimento no concelho, que a inexistência de qualquer candidatura obviamente acarretaria. Acresce a isto o facto, não despiciendo, de que, à época, era vice-presidente da Comissão Política Nacional, o que me acometia de evidentes responsabilidades – que assumi, de resto, até ao último segundo”, acrescentou.
Essa missão, recordou, foi cumprida num prazo de três meses e “num esforço quase sobre-humano”. Agora, disse, chegou o tempo de “outros assumirem os próximos desafios”, esperando que se apresentem “com renovado espírito de entrega e igual, senão até superior, dedicação”.
“A todos aqueles que tive a honra de acompanhar e conhecer – muitos e bons -, bem como a todos os que me acompanharam e devotaram o seu esforço a auxiliar-me nesta minha curta, mas intensíssima, incursão na dita vida política ativa, agradeço reconhecida e penhoradamente”, escreveu no Facebook.
