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Mais de vinte filmes integram o ciclo “Elas Fazem Filmes”, que começa no dia 18 e vai percorrer o país, para “resgatar do esquecimento, dar o palco, a palavra e o ecrã às profissionais do cinema em Portugal”.
O ciclo é uma iniciativa da Associação MUTIM – Mulheres Trabalhadoras das Imagens em Movimento e começa no dia 18 na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, com os filmes “Jogo de Mão” (1983), de Monique Rutler, e “Cães que Ladram aos Pássaros” (2019), de Leonor Teles.
A iniciativa, que chegará a 14 cidades, como Porto, Funchal, Guimarães, Santarém, Viseu, Caldas da Rainha, Barcelos e Faro, tem vários objetivos, nomeadamente refletir sobre o cinema que é feito por mulheres em Portugal e pôr as cineastas em diálogo.
“Elas Fazem Filmes”, com ficção, documentário, animação, numa janela temporal entre os anos 1940 e a atualidade, “oferece um retrato abrangente e relevante do cinema português, em que sobressai uma diversidade fértil de olhares”, explica a MUTIM.
Segundo a associação, esta mostra já vai beneficiar do processo de digitalização de cinema português em curso pela Cinemateca Portuguesa, “o que torna possível mostrar filmes menos vistos a novos públicos em todo o país”.
Entre as escolhas anunciadas conta-se, por exemplo, “Três dias sem Deus” (1946), um drama escrito, realizado e interpretado por Bárbara Virgínia, exibido em Cannes, e que é considerado a primeira longa-metragem de ficção realizada por uma mulher em Portugal.
Há ainda os documentários “48” (2010), de Susana de Sousa Dias, sobre fascismo e o Estado Novo, a partir dos retratos de presos dos arquivos da polícia política PIDE, e “Erupção vulcânica dos Capelinhos, Ilha do Faial – Açores” (1958), da geógrafa Raquel Soeiro de Brito.
As escolhas da MUTIM incluem ainda cinema de animação, como os premiados “Tio Tomás: A contabilidade dos dias” (2019), de Regina Pessoa, “Elo” (2020), de Alexandra Ramires, e “Homem do lixo” (2022), de Laura Gonçalves.
Também foram escolhidas obras de Ana Hatherly, Susana Nobre ou Isadora Neves Marques.
“Elas Fazem Filmes” é uma ideia da MUTIM – Mulheres Trabalhadoras das Imagens em Movimento, fundada em 2022 para “estudar, debater e valorizar a presença igualitária de mulheres no cinema e audiovisual em Portugal”.
Atualmente conta com 250 associadas, a MUTIM já promoveu um estudo sobre a condição da mulher nos setores do cinema e audiovisual, cujas conclusões, divulgadas em novembro de 2023, revelaram situações de desigualdade de género e falta de representatividade.