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Jorge Marques
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Pedro Escada
Na terceira edição da Convenção do Movimento Europa e Liberdade (MEL) pretendiam os seus organizadores criar um momento a partir do qual se agregasse toda a direita, como a única via capaz de criar uma alternativa governativa.
Ora, se por um lado, esta pretensão agregativa é demonstrativa da fragilidade e incapacidade dos partidos da direita de por si só, se conseguirem impor como alternativa de governação. Por outro lado, o que nos mostraram, foi uma direita fragmentada e onde cada força partidária está muito mais preocupada com a sua própria sobrevivência, do que com soluções para os problemas do País.
O caldo dos desencontros de uma direita sem ideias, ficou bem plasmado nas intervenções dos seus líderes, com a sua clara, notória e singela preocupação com a soma das percentagens que lhes atribuem as sondagens.
A maior das preocupações de Rui Rio foi retirar o PSD da direita.
Francisco Rodrigues dos Santos esforçou-se para convencer os seus pares que o CDS lhes é útil no panorama partidário das somas.
João Cotrim da Iniciativa Liberal trabalha no seu crescimento sem barulho.
André Ventura do Chega repetiu o mesmo ruído na sua força máxima.
A constatação, que é comum em todos, é o seu esquecimento do que realmente importa e verdadeiramente nos preocupa a todos, que é o futuro, as ideias e o que fariam de diferente.
Com este devaneio todo, verificamos que a direita não saiu endireitada, mas sim, mais afundada. Sem rumo, sem líder, e pior que isso, sem qualquer ideia para o País e consequentemente, para os portugueses. O que assistimos, não passou de um mero desfile de pequenos líderes, disputando entre si a centralidade de um puzzle inócuo.
Se a primeira convenção do MEL teve como propósito separar a direita da extrema-direita, nesta terceira, viu-se que afinal todos partilham do mesmo espetro cultural e renderam-se indubitavelmente ao extremismo. E nem lhes faltou as referências ao saudosismo ou ultra saudosismo bacoco. Esquecendo que o passado já era, e é com o futuro e as ideias que se ganham eleições.
Neste MEL, o FEL foi mesmo o desconhecimento que uma das principais leis da política e o seu pilar basilar são as ideias. São estas, que transformam o mundo e as sociedades, agitam movimentos, palpitam corações, movem revoluções, despertam interesses, unem as pessoas, constroem solidariedades e projetam o futuro.
Com esta direita, estes líderes, este vazio de ideias e projetos, o que seria de nós, comuns portugueses a enfrentar tempos tão conturbados como os que vivemos? Se em tempos menos difíceis a única luz que nos induziram foi a emigração, nem é bom imaginarmos, o que nos aconselhariam perante a pandemia que atravessamos.
E se quisermos ser mais audazes no escrutínio, não podemos esquecer-nos das ideologias partidárias que comungaram e se opuseram à fundação do Serviço Nacional de Saúde e a uma Escola Pública para todos, ou daqueles que alimentam desigualdades, segregam pessoas em função das suas condições financeiras, local onde vivem, cor, etnia e religião.
Por fim, o grande vencedor de tudo isto, por incrível que pareça foi o governo, o Primeiro Ministro e toda a esquerda, que à contrario, se afirmou ainda mais como o garante de estabilidade e futuro do País.
António Costa, inteligentemente, aproveitou o momento para apresentar o seu programa de candidatura a Secretário Geral do PS recheado de ideias, assim humilhando todos os que no MEL se limitaram a debitar o seu FEL.
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Jorge Marques
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Pedro Escada
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Margarida Benedita