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De tuk-tuk até Viseu, APCV estaciona no Rossio para promover igualdade e integração

Carla e Vanessa são duas pessoas com deficiência que hoje celebram uma data internacional que lhes dá visibilidade. Ação promovida pela Associação de Paralisia Cerebral de Viseu leva tuk-tuk e mensagem pelo respeito e abraçar da diferença às ruas de Viseu

Carlos Eduardo Esteves
 De tuk-tuk até Viseu, APCV estaciona no Rossio para promover igualdade e integração
03.12.24
fotografia: Jornal do Centro
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 De tuk-tuk até Viseu, APCV estaciona no Rossio para promover igualdade e integração
16.01.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 De tuk-tuk até Viseu, APCV estaciona no Rossio para promover igualdade e integração

A viagem é curta, mas a mensagem tem de passar. Desde as instalações da Associação de Paralisia Cerebral de Viseu (APCV), na Quinta de Belém, em Vildemoinhos até ao Rossio não foram precisos mais de dez minutos. Tomé Oliveira, técnico na instituição, é hoje o motorista da mensagem de esperança pela igualdade e integração das pessoas com deficiência. “Decidimos vir promover a inclusão, a cidadania e a representação das pessoas com deficiência. Temos diversas ações de capacitação que vão decorrer durante o mês de dezembro. Incidimos em conceitos como autonomia, autorrepresentação, vida independente e igualdade de oportunidades”, explica Tomé Oliveira.

Em frente à Câmara Municipal de Viseu, Carla e Vanessa distribuem um folheto por quem ali passa. No papel, estão escritos os 10 principais direitos das pessoas com deficiência. Esta terça-feira é Dia Internacional da Pessoa com Deficiência É com orgulho e emoção que Carla resume a importância da data. “É o nosso dia”.

Quando perguntamos sobre o que falta fazer pela igualdade, responde rapidamente: “Falta fazer muita coisa. Sobretudo no mundo laboral. Queria muito trabalhar”, refere. Vanessa, que também já distribuiu todos os folhetos, concorda com a colega e amiga e acrescenta ter o sonho de trabalhar numa loja de roupa. “Para conseguir isso tenho ido às lojas. Gosto muito de moda. Quero do fundo do meu coração trabalhar numa loja de roupa”, apela. “Acho que as pessoas devem saber quem nós somos. Temos de nos mostrar, a nossa opinião, o que fazemos”, apela Carla.

Dia importante para passar a mensagem, defende Tomé Oliveira

A manhã fria de um dia de dezembro é hoje aquecida pela força da mensagem. Tomé Oliveira defende que ações como esta mostram que as pessoas com deficiência têm direito à integração total na comunidade. “Ao longo destes anos houve muitas mudanças positivas. Conseguimos consciencializar as pessoas sobre o que é deficiência. Para muita gente, a deficiência é um bicho e já começamos a capacitar as pessoas, mostrando-lhes, dizendo-lhes que não somos um bicho. Hoje é um dia em que podemos mostrar isso a todos e circular livremente”, vinca.

A Associação de Paralisia Cerebral de Viseu celebra 42 anos. E para celebrar a data, a APCV avançou recentemente com uma novidade: a distribuição de produtos da horta da instituição pela cidade de Viseu. E a entrega é feita através de tuk-tuk. Para além da apresentação da candidatura que permitiu comprar o veículo, a instituição de solidariedade social formou as pessoas com deficiência que estão na Associação sobre voluntariado inclusivo. Desta forma ganham ferramentas para lidar com o público que está a aderir à compra dos produtos hortícolas.  Carla e Vanessa fizeram formação nessa área.

“Temos um dia definido para a entrega de produtos hortícolas. Durante a semana fazemos uma lista das pessoas que querem o cabaz e vamos distribuir. É um cabaz que traz um pouco de tudo da época: alface, couve-flor, abóbora, chuchu. Tudo a um preço convidativo. Cada cabaz custa dez euros. São produtos biológicos e cuidados pelos formandos dos cursos de agricultura. E temos também clientes que vão à nossa loja buscar os legumes de segunda a sexta-feira”, explica Tomé Oliveira.

Para o técnico esta iniciativa é “muito importante” porque “dá visibilidade à nossa instituição e é muito importante para os nossos clientes saírem da instituição e estarem diante da comunidade”, rumo ao objetivo da” inclusão destas pessoas na sociedade”.

Natal será doce e com pedidos de paz e empatia

À beira do natal, Tomé, Carla e Vanessa têm três pedidos. “Eu gostava de receber dinheiro, depois decido o que comprar”, diz Vanessa. Já Carla diz que nos desejos está paz e amor. “Sobretudo paz na guerra”, frisa. Tomé deixa o mote para que haja “muita saúde e que as pessoas se tornem boas pessoas”. “Que haja empatia”, sumariza.

E nesta quadra festiva não vão faltar doces na mesa. Que o digam Carla e Vanessa. “Faço sobremesas, especialmente mousse de café”, confessa Vanessa. Já Carla diz que é especialista em fritas de natal, arroz doce, aletria”.

Ainda antes do natal, a solidariedade vai bater à porta da Associação de Paralisia Cerebral de Viseu. As receitas do Viseu Xmas Run vão reverter a favor da Associação. A prova solidária está marcada para 22 de dezembro.

O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas em 1992 para promover direitos e bem-estar das pessoas com deficiência na sociedade e a participação nos domínios social, cultural, económico e político. Este ano a data tem como lema “Promover a lierança das pessoas com deficiência para um futuro inclusivo e sustentável”.

Pode ouvir aqui a reportagem.

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