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Empresa de Vouzela inaugura unidade de produção e aumenta postos de trabalho

 Empresa de Vouzela inaugura unidade de produção e aumenta postos de trabalho
11.04.22
fotografia: Jornal do Centro
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 Empresa de Vouzela inaugura unidade de produção e aumenta postos de trabalho
11.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Empresa de Vouzela inaugura unidade de produção e aumenta postos de trabalho

A empresa Multisac inaugurou esta segunda-feira (11 de abril), em Vouzela, uma unidade de produção de embalagens flexíveis, na freguesia de Fataúnços, que faz parte de um pacote de investimento de sete milhões de euros e da criação de 33 postos de trabalho.

“Entre 2019 e 2021 fizemos um investimento global de sete milhões de euros, sendo que 1,5 milhões de euros foram cofinanciados e, ao todo, passámos de cerca de 50 colaboradores” para os atuais 83 trabalhadores, disse o administrador da Multisac.

João Ricardo Rodrigues, natural de Vouzela, recordou que a empresa existe desde 1996 e que, em 2000, quando adquiriu “100% da empresa, começou a produzir embalagens flexíveis” para vários tipos de produto, “sendo mais de 90% na área alimentar”.

“Não podemos esquecer que entre 2019 e 2021 tivemos a infelicidade de dois destes três anos serem em pandemia, [período durante o qual] tivemos de nos adaptar e ajustar a uma nova realidade e, agora, infelizmente temos outra realidade a que nos adaptar”, sublinhou.

Se, durante a pandemia, a empresa aproveitou para “evoluir na sustentabilidade ambiental, com a redução do plástico e mais uso do papel, assim como com a utilização de embalagens 100% recicláveis, agora, vai ser mais complicado nesta guerra”, referiu.

O administrador falava na “atual guerra que se vive, que já é uma guerra social e económica, que se faz sentir” em Vouzela e que já “provocou um aumento nas matérias-primas” que a empresa utiliza.

A título de exemplo, João Ricardo Rodrigues disse que “a que aumentou menos, subiu o custo em 37% e a que mais aumentou está mais cara em 138%” do que antes – “estes aumentos ainda não se refletem no mercado, mas vão começar” a refletir-se.

“Temos um compromisso com o nosso cliente para aguentarmos as margens ao máximo, mas já atingimos o limite e estamos na fase de começar a passar os aumentos ao nosso cliente, que basicamente são os produtores do bem alimentar”, disse à agência Lusa o responsável.

Neste momento, continuou, “já não é negociável, não há margem para aguentar mais, assim como os clientes” da empresa, que tem, “alguns que estão completamente asfixiados e, com isso, vão ter de aumentar os preços para as grandes superfícies”.

Segundo explicou, “99,9% das embalagens feitas na Multisac são vendidas com produtos nas grandes superfícies” e essas embalagens saem, na sua maioria, da nova unidade inaugurada hoje em Fataúnços, freguesia do concelho de Vouzela.

“Para um futuro próximo, temos projetado um investimento de 4,5 milhões de euros para tecnologia, entre equipamentos e adaptação de infraestruturas para a criação da unidade quatro, na casa mãe, em Vouzela”, anunciou.

O presidente da Câmara Municipal de Vouzela, Rui Ladeira, presente na inauguração, elogiou “o empreendedorismo” de João Ricardo Rodrigues e agradeceu “todo o investimento” que tem feito no concelho, que “tem ajudado a acabar com edifícios devolutos”.

“Não só está a criar postos de trabalho, o que num concelho como o nosso tem muito valor, como está a criar riqueza e a acabar com os “maus postais” que havia no concelho, nomeadamente este aqui de Fataúnços, da antiga Polivouga, e que agora é um bom cartão de visita”, sustentou Rui Ladeira.

O mesmo aconteceu na Zona Industrial de Vouzela, realçou o autarca, onde está a “casa mãe” da empresa, que “transformou a antiga CTV [Confeções Têxteis de Vouzela] numa empresa moderna e totalmente remodelada”.

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, Isabel Damasceno, que presidiu à sessão, também não poupou elogios ao empresário e lembrou que “está aí um novo quadro comunitário de apoio, que também está disponível para o investimento privado, nomeadamente em zonas como esta em que é tão importante”.

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