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A extensão de saúde de Lajeosa do Dão, no concelho de Tondela, está sem profissionais há cerca de 15 dias. A médica de família está ausente por gravidez, mas ainda não tem substituta prevista.
Em comunicado, a Câmara Municipal indicou que tem alertado a tutela que a médica em causa “se encontrava em final de tempo de gravidez e que deveria ser acautelada a sua substituição”, mas nada foi feito.
“Falamos de uma freguesia, com cerca de 1.900 habitantes, que fica sem médico de família, com um nível de envelhecimento bastante elevado e bastante dispersa geograficamente”, pode ler-se na nota do executivo.
A Câmara de Tondela lembra que “tem vindo, constantemente, a manifestar o seu desagrado em relação à forma como a saúde é tratada no concelho” e elogia “o enorme esforço e dedicação” dos profissionais de saúde do concelho “cujo trabalho, na perceção dos cidadãos, fica secundarizado, face a situações que não se justifica existirem, por não serem objeto de qualquer motivo imponderável”.
A autarquia – presidida por José António Jesus (PSD) – lembra que tem arcado com as responsabilidades para tentar manter as extensões de saúde em funcionamento, através da contratação de assistentes operacionais em Lajeosa do Dão e também no Caramulo há cerca de um ano e da Tondela tem o único balcão SNS24 do distrito de Viseu.
Nesta última extensão, a Câmara diz que teve de assumir “a responsabilidade financeira de uma assistente técnica, bem como de apetrechamento de todo este espaço” para instalar o balcão.
O município acusa ainda a tutela de não se preocupar “em acautelar as situações que atempadamente referenciamos, como é o caso da falta de médicos de família em locais já por si desprovidos de outros recursos” uma vez que não é a primeira vez que tal acontece.
A Câmara garante que, por isso, vai voltar a apelar ao Ministério da Saúde, à Administração Regional de Saúde do Centro e ao Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões para que sejam resolvidos os problemas de saúde em Tondela “numa tentativa de que a situação seja objetivamente analisada e solucionada”.
A autarquia teme que as assimetrias do interior fiquem “fortemente acentuadas” e critica a falta de estratégia “que resulte ao nível da coesão territorial, enquanto as necessidades básicas das populações não estejam asseguradas”.
O Jornal do Centro contactou o ACES Dão Lafões que explicou que, segundo a legislação, a equipa das USF deve colmatar a falta de elementos através da autorização de trabalho extraordinário.
O ACES acrescenta que só pode substituir os elementos ausentes a partir de 120 dias e que isso já havia sido feito com a contratação de um médico que já está em funções desde o início do mês, mas em tempo parcial.
A entidade explicou ainda que, para além da contratação já feita, se houver meios disponíveis será feita uma redistribuição.