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Futebol, política e muitos “ses”

 Futebol, política e muitos “ses” - Jornal do Centro
24.05.25
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 Futebol, política e muitos “ses” - Jornal do Centro

por
Joaquim Alexandra Rodrigues

No passado sábado, o Sporting foi campeão nacional mas podia não ter sido. No domingo, Luís Montenegro foi eleito primeiro-ministro mas podia não ter sido. É que, já se sabe, o futebol e a política são contingentes, dependem de múltiplos e variegados factores.
Passo a explicitar este “se” futebolístico e este “se” político, enquanto oiço a canção que conheço com mais “ses”, o “Se cá nevasse fazia-se cá ski”, dos Salada de Fruta, os leitores mais novos nunca ouviram, é ir à net e pô-la a tocar… 

Nesta época o Sporting teve três treinadores. A história é conhecida: em Novembro, Ruben Amorim decidiu ir abanar a árvore das libras esterlinas e, para o seu lugar, entrou o infeliz João Pereira. Fiascos a seguir a fiascos. No dia 22 de Dezembro, em Barcelos, aos 77 minutos, Debast caiu na grande área do Gil Vicente. Ao mesmo tempo que o árbitro apitava para penálti, a bola sobrou para Trincão que a meteu dentro da baliza. Só que o VAR percebeu que não houve derrube ao Debast, o penálti foi bem anulado, o jogo acabou empatado e esse empate foi a gota que fez transbordar o copo. João Pereira foi despedido. “Se” tivesse sido golo, João Pereira ficava no Sporting. Lá está: “se”, “se-cá-nevasse-fazia-se-cá-ski”. Foi bom aquele golo não ter sido validado. À terceira foi de vez: com Rui Borges, o Sporting acertou e conseguiu chegar ao “bi”, para tristeza dos lampiões e alegria desta coluna que é lagarta

Passemos do futebol para a política em geral e o PS em particular: em três curtos anos, o PS vai ter o terceiro treinador, perdão, o terceiro líder. 
Recordemos este filme de terror: nas eleições de 30 de Janeiro de 2022, António Costa arrecadou 120 deputados, uma maioria absolutíssima que lhe garantia o poder até Outubro de 2026. Isto é, se Costa não tivesse feito bosta (rima e é verdade) ainda era primeiro-ministro pelo menos mais um ano e meio. Em 15 de Abril de 2023, meio ano antes do colapso do governo, avisei aos microfones da Rádio Jornal do Centro: “a maioria absoluta do PS (…) está muito desleixada, julga encontrar no Chega uma espécie de seguro de vida; (…) os boys e as girls do PS (…) não se cansam de fazer asneiras; (…) eu não estaria tão seguro no lugar deles.” Lá está: mais um “se”, mais um “se-cá-nevasse-fazia-se-cá-ski” — “se” a maioria absoluta do PS tivesse tido juízo, António Costa não tinha arranjado um emprego tão bom em Bruxelas.
Seguiu-se a disputa interna socialista. Mais uma saraivada de “ses”, de “se-cá-nevasse-fazia-se-cá-ski”: como se viu, “se” os militantes socialistas tivessem escolhido José Luís Carneiro, em vez do esquerdista Pedro Nuno Santos, o PS tinha ganho outra vez. “Se” tal tivesse acontecido, Luís Montenegro continuava gerente da Spinumviva e não tinha havido legislativas no domingo e o PS não precisava de um novo treinador, perdão, de um novo líder.

Esta semana, os jovens turcos lisboetas que mais mandaram no PS nos últimos anos foram muito às televisões, mas, sem surpresa, depois de muita conversa fiada, ficaram todos quedos à espera de melhores dias. Vai ter de ser José “Sísifo” Luís Carneiro a pegar na empreitada. Oxalá vá a tempo de salvar o partido de Mário Soares.

 Futebol, política e muitos “ses” - Jornal do Centro

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