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A GNR de Viseu passou 1.333 multas por falta de limpeza de terrenos florestais no distrito, durante os últimos três anos. Só no ano passado, foram cobrados 109.780 euros em coimas.
O número de multas passadas pela GNR na região está, ainda assim, a descer, tal como acontece a nível nacional, porque, segundo a força de autoridade, as pessoas cumprem mais a lei.
O relações públicas da GNR de Viseu, o tenente-coronel Adriano Resende, garante que as pessoas estão cada vez mais sensibilizadas para a limpeza dos terrenos, após os grandes incêndios de 2017.
“O ano de 2017 foi muito duro no que respeita aos incêndios e às consequências e temos notado que há uma sensibilização muito grande no que diz respeito à volta das casas isoladas, dos aglomerados populacionais e das áreas industriais e uma atuação para a gestão do combustível e para manter os locais seguros”, frisa.
O militar realça também a importância da fiscalização para o controlo da floresta, afirmando que, agora, “há uma sensibilização e um olhar diferente”. Isto numa altura em que a GNR está a fiscalizar os terrenos que precisam de ser limpos e a avisar os proprietários que têm que cortar o mato.
Segundo Adriano Resende, a operação “arrancou em janeiro, com ações de sensibilização a partir de fevereiro e que vão decorrendo até 30 de abril, sendo certo que, a partir daí, continuamos a fazer vigilância, patrulhamento e fiscalização, nomeadamente nos espaços que foram sinalizados como locais de potencial infração”.
“Os respetivos proprietários foram sensibilizados para corrigir e fazer a gestão do combustível. Senão, vão ser autuados”, acrescenta.
A lei obriga que os terrenos estejam limpos num raio de 50 metros junto a uma casa. Limpeza prioritária em mais de 150 freguesias da região de Viseu, sendo que há mais concentração de locais em Castro Daire, Viseu e São Pedro do Sul.
Até 30 de abril, os proprietários têm também que limpar uma faixa de 100 metros à volta das aldeias. Caso contrário, a GNR avança com multas, que vão dos 140 a 5.000 euros para particulares e dos 1.500 a 60.000 euros para pessoas coletivas.
Um dos proprietários que a GNR já fiscalizou foi José Saraiva, dono de cinco pinhais em Bodiosa, no concelho de Viseu. Ele não foi multado e diz que tem tudo limpo. “Eu limpo porque, como cidadão, preocupo-me com a segurança e sei bem o que custa aos bombeiros intervir num cenário de fogo florestal com a vegetação em excesso e os acessos dificultados”, explica.
José Saraiva garante que limpa os seus terrenos todos os anos e que essa é uma limpeza que se torna “mais fácil de um ano para outro”.
“Na primeira vez que limpei o meu terreno, tinha matéria orgânica e mato na sua altura e custou-me muito mais executar este trabalho porque tive de fazer marcha-atrás. É evidente que levei mais tempo, mais horas e mais esforço físico. No entanto, foi um serviço que se tornou mais agradável”, conta.