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Os setores da restauração e hotelaria estão com dificuldade em contratar. Não há mão de obra e os responsáveis começam a temer que em breve este possa ser um “problema grave”, como afirmou Jorge Loureiro, presidente da delegação de Viseu da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).
“São vários os empresários que nos garantem que se estão a deparar com o problema da falta de mão de obra para alimentar as necessidades dos seus serviços. E é muito complicado, porque se já se sente este problema e ainda estamos com níveis baixos de procura, corremos o risco de quando tivermos toda a capacidade para receber turistas, termos clientes, não temos mão de obra para os servir”, afirma Jorge Loureiro.
Segundo o responsável, este não é um problema apenas da região mas do país, sendo que no distrito de Viseu tem-se feito sentir sobretudo “em zonas com termas, albufeiras e nas malhas urbanas”.
Ao Jornal do Centro o mesmo foi confirmado por Joaquim Cardoso, Presidente da Associação de Hoteleiros das Termas de São Pedro do Sul.
“Tem sido complicado para nós. Não temos gente para trabalhar na hotelaria. E quem quer trabalhar não quer a hotelaria, porque inibe dos fins de semana e à noite há jantares para servir, muitas pessoas querem poder ir para casa às seis ou sete da noite”, afirma.
Também Diana Magalhães, diretora de seleção e recrutamento do Grupo Visabeira, garante que não está a ser fácil encontrar trabalhadores.
“Estamos com algumas dificuldades na contratação, sobretudo nas nossas unidades de Mortágua e Ílhavo. Empregados de limpeza, copeiros, empregados de mesa, lavandaria são algumas das áreas onde não estamos a conseguir mão de obra”, assegura.
Para Jorge Loureiro, toda esta situação “é muito complicada”, mas há muito que foi sinalizada e a AHRESP está já “a trabalhar com o Ministério do Trabalho, que tutela o Centro de Emprego, para se encontrar uma solução”.
“A AHRESP quer travar este problema o quanto antes e tem respostas concretas. Queremos trabalhar com as autoridades centrais e arranjar soluções, seja pela via da requalificação de desempregados de outros setores, seja por via de criar um efeito de atratividade destas profissões ou até na importação de mão de obra. Todas as hipóteses estão em cima da mesa”, refere.
Joaquim Cardoso, da Associação de Hoteleiros das Termas de São Pedro do Sul, confirma que este não é um problema de agora e que já devia ter sido resolvido, afirmando que já chegou a ter que recorrer a trabalhadores reformados.
“Isto não é um problema de agora, já se prolonga. E há muito que as entidades oficiais são informadas disto. Em zonas mais desertificadas como a nossa, onde não temos muitos jovens é ainda pior. Aqui até temos as Escolas Profissionais, como Carvalhais ou Vouzela, que têm hotelaria, mas depois dos estágios a maioria vai embora. Temos tentado solucionar o problema, muitas vezes até com pessoas reformadas, mas já se devia ter resolvido há muito esta situação”, conta.
Tanto Joaquim Cardoso como Diana Magalhães afirmam que no processo de contratação há uma vontade em empregar as pessoas locais mas isso tem sido cada vez mais difícil. Os responsáveis garantem que terão que começar a alargar a área de procura e criar alguma “flexibilidade no recrutamento”.
Jorge Loureiro, da AHRESP, assegurou que está “pré-agendada uma reunião com a Ministra do Trabalho e com os responsáveis dos vários departamentos, da qualificação, formação e capacitação ou desemprego, para se trabalhar antecipadamente este problema”.