Os mergulhadores da Polícia Marítima voltaram hoje ao rio Douro para o último dia de buscas por peças do helicóptero que se despenhou na passada sexta-feira (30 de setembro) e que tirou a vida a cinco militares da GNR.
Os destroços do helicóptero vão ser analisados em Viseu, onde está localizado o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF). Partes da estrutura já estão nas instalações situadas no Aeródromo Gonçalves Lobato.
O GPIAAF informou em comunicado que até ao final desta terça-feira (3 de setembro) espera poder avançar com as “constatações iniciais e do caminho a prosseguir pela investigação”.
Para os trabalhos finais de recuperação das peças do meio aéreo, que deverão terminar cerca das 13h00, foram mobilizadas duas embarcações e 11 operacionais, entre os quais sete mergulhadores, segundo avançou à agência Lusa o comandante da Polícia Marítima do Norte.
“Neste momento já estamos na água, estamos já a efetuar buscas e será o último dia dos nossos trabalhos”, afirmou Rui Silva Lampreia. No sábado, após a recuperação do último corpo dos militares que morreram na sequência da queda do meio aéreo, apenas a Polícia Marítima ficou no local para tentar recuperar peças da aeronave que serão importantes para a investigação, como o rotor da cauda do aparelho e o computador de bordo.
Segundo Silva Lampreia referiu à Lusa, durante os trabalhos realizados no domingo foram recuperadas partes da fuselagem do helicóptero e pequenas peças.
“Vai ser muito difícil apanhar aquilo que nós andamos à procura, porque poderá ter ficado tudo destruído e, portanto, a dispersão desse material implicaria buscas durante muito tempo. Não havendo uma necessidade fundamental para tentar despistar as causas do acidente para já, da nossa parte, em termos de polícia, damos hoje como terminadas as buscas”, referiu o comandante.
