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Nasceu em Nelas em 1926 e morreu em Nelas em 1979. Pelo caminho deixou um número que o marca. Armando Rodrigues de Sá foi o imigrante 1 milhão na Alemanha.
Foi a 10 de setembro de 1964 que este beirão de Vale de Medeiros chegou à estação de Deutz, na Colónia, juntamente com um grupo de 1106 trabalhadores estrangeiros, dos quais 933 eram espanhóis. Estava longe de imaginar que iria ter à sua espera um comité de boas-vindas destinado a celebrar o milionésimo “gastarbeiter”, como é contada a história no livro “Beira Ilustre”.
Carpinteiro de profissão, Armando Rodrigues de Sá, casado, com dois filhos, trabalhava na Companhia Portuguesa dos Fornos Elétricos. Decidiu partir para um novo país à procura de melhores condições de vida e conseguiu “viagem” no âmbito dos contratos bilaterais celebrados entre o governo alemão e países exportadores de mão-de-obra.
Quando desembarcou do comboio, Armando Rodrigues de Sá ouviu chamar o seu nome. Ficou confuso e a pensar que era a PIDE e que ía ser repatriado. Lá acabaram por explicar que era uma festa, que era o imigrante 1 milhão e que, por isso, além de toda a cobertura mediática, ainda teria direito a uma moto Zundapp que o acompanhou depois quando regressou a Portugal em 1970 após um acidente de trabalho.
A imagem do emigrante português com a mota faz parte de manuais escolares alemães e é o símbolo da imigração alemã em diversos museus.
A Zundapp está no Museu de História Contemporânea, em Bona, ao lado da fotografia de Armando Rodrigues de Sá.