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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
O diretor de Empreendimentos da Infraestruturas de Portugal, José Carlos Clemente, admitiu problemas no fornecimento de materiais necessários para as obras de modernização em curso na Linha da Beira Alta.
Na Linha da Beira Alta – que está cortada desde o dia 19 de abril, por um período estimado de nove meses – decorrem obras de modernização e de aumento de capacidade que representam um investimento de mais de 500 milhões de euros.
Questionado ontem (4 de maio), durante um seminário em Mangualde, sobre os problemas criados pela pandemia de Covid-19 e pela guerra na Ucrânia, José Carlos Clemente disse que se atravessa “um período muito mau”.
“Toda a cadeia de fornecimento foi fortemente prejudicada por essa situação”, explicou, dando como exemplo as catenárias e os cabos de sinalização, relativamente aos quais existem “problemas com prazos de aprovisionamento e prazos de entrega”.
Além disso, acrescentou o responsável, “existe uma queixa generalizada dos empreiteiros” relativamente ao aumento de preço.
“Obviamente que nós, enquanto empresa pública, estamos sujeitos às leis que regem a contratação pública. O único instrumento que nós temos para tentar reparar alguma situação é a revisão de preços”, explicou.
Segundo José Carlos Clemente, a revisão de preços “não responde por inteiro, principalmente a estas situações de aumento drástico de valores”.
“Mas eu sei que o Governo está a preparar uma lei que vai permitir dar uma maior abertura e uma maior flexibilidade para que as empresas públicas tentem minimizar esse problema”, acrescentou.
O diretor de Empreendimentos da IP explicou que a modernização em curso inclui a construção da concordância da Mealhada (Pampilhosa) – ou seja, uma ligação direta entre a Linha do Norte (sentido Norte/Sul) e a Linha da Beira Alta – e a renovação integral da infraestrutura da via, incluindo algumas variantes para aumento de velocidade.
Como “a última grande intervenção foi há cerca de 30 anos”, a linha “já estava cheia de mazelas” que implicavam velocidades mais baixas e que agora “vão ser radicalmente eliminadas, o que permite ter um ganho de 25 a 30 minutos nos comboios de passageiros”, sublinhou.
A estabilização e reforço de taludes, a modernização de dez estações para cruzamento de comboios de 750 metros e a supressão de sete passagens de nível são outras intervenções previstas.
José Carlos Clemente explicou que, atendendo à necessidade de encerramento da linha durante nove meses, foi acordado “um desvio de tráfego de mercadorias significativo pela Linha da Beira Baixa” e “o transbordo de passageiros por meios rodoviários”.