IMG_1290
Assembleia Municipal Viseu julh 25 2
Assembleia Municipal Viseu julh 25 1
WhatsApp Image 2025-05-28 at 115107
aluguer aluga-se casas
aluga-se

Cada imóvel é um novo desafio e cada contacto uma oportunidade para…

30.06.25

No quinto episódio do podcast Entre Portas, uma produção da Remax Dinâmica…

26.06.25

Rimas Sociais, um podcast que dá voz às causas sociais urgentes através…

25.06.25
jose_morgado_presidente_cm_vila_nova_de_paiva-4
autarquicas 2025
ps tondela miguel torres
pexels-weekendplayer-735869
Captura de ecrã 2025-06-26 171722
sunset adega vila nova de tazem
Home » Notícias » Colunistas » Jardins Efémeros

Jardins Efémeros

 Jardins Efémeros - Jornal do Centro
23.07.22
partilhar
 Jardins Efémeros - Jornal do Centro

Sou suspeito quando falo dos Jardins, porque foram eles que ajudaram à minha decisão de regressar a Viseu depois de uma ausência de 47 anos. Foi o ter sentido que havia um perfume de modernidade no ar. E porque se escolhe este ano como tema central “A Incerteza”? Tive a resposta mal abri o programa – “Ou somos exatos ou estamos vivos”. Este é o grande desafio do nosso tempo. A incerteza é uma espécie de ar que temos que aprender a respirar, porque se por um lado mete medo, por outro é o nosso maior espaço de liberdade e criação. Esta é a mensagem!

Os Jardins Efémeros vem lembrar-nos que a modernidade de uma cidade como Viseu deve construir-se sobre as suas memórias. Tenho um amigo cientista, o pai do satélite português, que repete sempre: Não há nada mais moderno que o antigo! Viseu perde-se quando foge dessa referência. Recentemente falava com uma bem informada historiadora sobre a nossa cidade. Dizia-me ela: Há quatro pilares fundamentais na nossa memória cultural, a Cava de Viriato, o Solar e Jardins do Fontelo, o Adro da Sé com a zona circundante e o Mercado 2 de Maio. Este último foi assassinado, digo eu, porque em vez de se aproximar da memória antiga, exibirá a máscara dos nossos vícios modernos: o viver da aparência, a submissão, a troca da criação pela reprodução, o medo da autenticidade, olhar o chão.

Dizia-me esse amigo Carvalho Rodrigues: Só há certezas sobre o passado, esse é perfeito até nos verbos e ás vezes mais-que-perfeito! Sempre que construímos sobre ele tornamos as coisas mais sábias e seguras, construímos para um tempo que vem, para um futuro. Caso contrário, quando os tempos vividos ou verbais são apenas vontades do presente, esses conjugam-se no futuro imperfeito! Isto devia obrigar a um pensamento coletivo. Os Jardins são criados em espaço antigo, num daqueles quatro pilares de que falava a historiadora, trazem modernidade, plantam futuro e acordam a cidade!

Em boa hora o atual executivo camarário acertou a promessa de um futuro dos Jardins igual ao seu mandato. É um sinal de descentralização! Os agentes culturais precisam passar de Tarefeiros a um Contrato com Prazo, para que quando os políticos se vão embora a Cultura permaneça e fique em boas mãos!

 Jardins Efémeros - Jornal do Centro

Jornal do Centro

pub
 Jardins Efémeros - Jornal do Centro

Colunistas

Procurar