Em tempos passados, não era o branco que marcava os casamentos, era…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
Neste Dia da Mãe, o Jornal do Centro entrou em ação com…
A poucas semanas das eleições legislativas, o Bloco de Esquerda (BE) tem andado na rua com iniciativas em áreas como a proteção ambiental, direitos das vítimas de violência ou direitos de ex-trabalhadores das minas de urânio.
Recentemente, o cabeça de lista do BE de Viseu, David Santos com as cabeça de lista pelo distrito da Guarda, Beatriz Realinho, de Castelo Branco, Inês Antunes, e o líder parlamentar, Fabian Figueiredo dos bloquistas, visitaram o CERVAS (Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens) na Serra da Estrela.
“Esta ação simbólica reforça o compromisso do Bloco de Esquerda com a proteção da biodiversidade e a conservação do Parque Natural da Serra da Estrela, um património único que exige políticas ativas de preservação”, refere em comunicado, acrescentando que o CERVAS, “estrutura fundamental na recuperação de animais selvagens e na sensibilização ambiental, representa exatamente o tipo de iniciativas que o partido defende para um desenvolvimento sustentável no interior do país”.
No mesmo dia, os cabeças de listas de Viseu, Guarda e Castelo Branco e o líder parlamentar do Bloco de Esquerda realizaram em Gouveia uma conversa aberta com associações, agentes locais e a população: “Grandes Guardiões da Paisagem: Pensar o Futuro da Serra da Estrela”.
Esta conversa serviu para abordar “os principais desafios do território, desde a sua gestão florestal
e a prevenção de incêndios até ao desenvolvimento sustentável do interior, passando pela proteção da biodiversidade e criação de emprego qualificado”.
No distrito de Viseu, os cabeças de lista do BE, David Santos e Fátima Teles reuniram com a responsável do Gabinete de Apoio à Vítima (GAV) de Mangualde da APAV, Inês Coelho. Aqui, foram identificados “os principais constrangimentos e limitações sentidas pelas associações que se dedicam a apoiar vítimas de quaisquer tipos de violência ou abuso”.
Foi realçada ainda a prevalência de casos de violência doméstica praticados contra o sexo feminino e o aumento de fenómenos como o cyberbullying e burlas românticas online. O BE compromete-se a “assegurar um financiamento estável a Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica e para todas as respostas destinadas a combater a violência de género.” (refere em comunicado)
O Bloco reuniu ainda na Urgeiriça, no concelho de Nelas, com representantes da Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio (ATMU), para entender o ponto de situação das reivindicações da associação e identificar os bloqueios à sua concretização para os direitos e o reconhecimento das vítimas da exploração mineira.
Um dos temas debatidos foi o projeto do Museu Mineiro da Urgeiriça, previsto num protocolo com a Câmara Municipal de Nelas em 2022, que nunca passou do papel.
“A ATMU esclareceu que o museu não foi concretizado porque a visão apresentada pela autarquia era redutora: pretendia-se criar um espaço centrado na exibição de artefactos e equipamentos ligados à exploração mineira, descurando totalmente a dimensão humana, social e política da história da Urgeiriça”, escreve o BE.
Assim, ATMU defende “a criação de um espaço de memória crítica — um memorial às vítimas da radioatividade, que conte toda a história: os perigos da contaminação, os impactos na saúde e a luta pela reparação”.
Temas como habitações com elevados níveis de radiação e com risco iminente para a saúde pública, a falta de uma resposta eficaz das autoridades competentes e programas de acompanhamento de saúde a ex-mineiros foram também alvos de debate neste encontro.
* em estágio