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Eram 11h45 quando Rui Rocha, candidato da Iniciativa Liberal (IL) às legislativas de 18 de maio, chegou à feira semanal de Viseu. Em mais um dia de campanha, houve tempo para comprar queijo, falar do comboio em Viseu, recomendar cenouras à esquerda e ouvir um pedido de coligação com a AD.
“Não se deita abaixo [o Governo]. Quem votou, votou para quatro anos. Foi lamentável o que aconteceu e a maior parte do povo está com o Montenegro e vai ganhar as eleições. Vocês façam coligação. Limpem a esquerda”, atirou António Costa, um dos primeiros feirantes a ser cumprimentado por Rui Rocha.
Aos jornalistas, não esclareceu se uma coligação está nos planos da IL. “Já disse que faremos uma coligação no dia 18 à noite, no dia 19 de manhã, com os portugueses, com os interesses dos portugueses, com a necessidade de termos um país que muda”, frisou, acrescentando que não falou com Luís Montenegro sobre o tema.
Já para à esquerda recomendou cenouras e lançou o desafiou para apresentar “soluções concretas”. “Mas não aquelas que têm apresentado, que são soluções derrotadas. Portanto, [quero oferecer] vitamina para a esquerda, que é o que tem faltado. Talvez cenouras”, disse.
Acompanhado por João Antas de Barros, candidato pelo círculo eleitoral de Viseu, Rui Rocha falou ainda no interior e na importância do regresso da ferrovia à “maior cidade europeia sem comboio”. Destacou a necessidade do crescimento económico para fixar jovens no interior e foi repetindo que é preciso “pôr mais dinheiro no bolso das pessoas”.
Apesar de nas últimas eleições a IL não ter ido além dos 2,81% dos votos, Rui Rocha acredita que o partido vai “eleger mais cedo ou mais tarde em Viseu”. “É um caminho que temos de fazer, é um caminho de afirmação do partido em todo o país. Temos esse objetivo, mas também sabemos que é mais fácil eleger noutros pontos do país”, afirmou.
Ainda assim, pelo caminho o candidato ouvir elogios pela “campanha esclarecedora sem ofender ninguém”. “Mantenham esta linha”, disse David Carvalho, de 81 anos, que até teve direito a fotografia.
Mas antes de sair, ainda houve tempo para comprar um queijo e ouvir as queixas de quem pediu que se faça mais pela saúde e pelos negócios, como Ana Domingues, é feirante há 30 anos. “O negócio tem piorado”, admitiu.
Atento a estes lamentos estava também João Antas de Barros. “A nossa região é uma região que pode ter um tremendo potencial e está a ser desaproveitado nos últimos anos”, disse ao Jornal do Centro.
Para o candidato pelo círculo eleitoral de Viseu, os jovens é uma das bandeiras desta campanha. “o Rui Rocha focava um aspeto muito, muito importante que é a capacidade de conseguirmos, de alguma maneira, fixar os jovens. Não só os jovens que são de cá, mas os jovens que escolhem a cidade ou a região para vir estudar, para vir viver”, disse, lembrando que a região tem “um bom ensino universitário”.
“Há muita gente da região e fora dela que vem para cá e que, no fim dos seus estudos, não tem tido a capacidade de se fixar e de criar oportunidades de vida próprias, ser empreendedora, poder investir o seu pouco capital, as suas poucas finanças numa empresa própria, numa empresa familiar, de conseguir aqui também criar família e criar raízes. Viseu tem perdido isto nos últimos anos”, sublinhou.
João Antas de Barros destacou ainda algumas propostas do programa eleitoral da IL, como “tocar nos impostos, como o IRC para as empresas, como o IRS para as pessoas, para que as pessoas possam, de facto, conseguir armazenar ainda mais riqueza, mais dinheiro em casa, para poder fazer os seus investimentos”.
Questionado se Rui Rocha sai de Viseu com uma fotografia das necessidades da região, João Antas de Barros disse que o candidato “já tinha a big picture de Viseu”. “Já estava preparado para o que vinha, fizemos o nosso trabalho de casa e obviamente que eu pretendo ser mais uma voz ativa do partido e das políticas do partido e, acima de tudo, da região de Viseu”, finalizou.
De Viseu, a caravana da IL seguiu para Mangualde, para visitar uma empresa da área de têxtil e com um grande volume de exportação.