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Vai ser obrigatório apresentar teste negativo para entrar em restaurantes, estabelecimentos de hotelaria e alojamento local durante a época festiva. Perante as Teletrabalho obrigatório e discotecas voltam a fechar no dia de Natal, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) apela à disponibilização de mais testes à Covid-19 para o período de Natal e Ano Novo, além de mecanismos de apoio “para compensar aquilo que é o pedido de esforço às empresas”.
Numa primeira reação às restrições que entram em vigor a 25 de dezembro, o presidente da delegação de Viseu da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Jorge Loureiro, garantiu que “não contestamos medidas sanitárias”, mas o que “nos preocupa é que cada vez que há restrições tem que haver do lado dos apoios esse mesmo anúncio e não é aquilo que, mais uma vez, aconteceu”, frisou, acrescentando que se anunciaram “um conjunto de restrições, mas relativamente aos mecanismos de apoio para compensar aquilo que é o pedido de esforço às empresas, nada se conhece”.
Segundo Jorge Loureiro, as empresas do setor já “começavam a ter grandes expectativas de conseguirem fazer face às suas debilidades de tesouraria”, mas “de um momento para o outro, antecipa-se mais uma semana de contenção, sem pensar que as empresas já tinham planeamentos”, alertou.
“Exigimos que haja apoios, que se anunciem rapidamente, de fácil operacionalidade e que sejam recuperados mecanismos que já tiveram expressão no passado para que possamos apoiar as empresas que estão numa situação muito débil, muito debilitada em razão do ano e meio que levamos de pandemia”, reivindicou, lembrando que “os cancelamentos são muito significativos e isto causa uma dificuldade imensa, da qual se não houver apoios, muitas das empresas não vão conseguir sobreviver”.
O presidente da AHRESP de Viseu lembrou ainda o setor da animação noturna e dos bares. “Eles que já vinham com fechos de quase um ano e meio, tinham agora dois meses de alguma atividade e perspetivavam ter 15 dias para conseguir melhorar as suas contas e veem-se, outra vez, perante uma ordem de fecho, de um momento para o outro, sem qualquer pré-aviso”, lamentou.
Quanto à testagem, Jorge Loureiro assegurou que “a AHRESP tem estado muito ativa junto das autarquias para a sensibilização de montagens de centros de testagem e oferta de testagem”. E exemplificou: “o município de Viseu foi um dos primeiros municípios que acedeu a que houvesse a montagem dos centros de testagem, há até um centro de testagem que é um exemplo nacional, que existe na Feira de São Mateus”.
Perante as novas regras de controlo da pandemia, o dirigente sugeriu ainda o alargamento dos horários dos outros dois centros de testagem, em Viseu – um junto à escadaria da Igreja dos Terceiros e outro em Jugueiros – porque, no seu entender “estão a fazer horários muito restritos durante o dia, quando há franjas da população que precisam da testagem e que encontram os centros fechados a partir das 19h00 ou 20h00”. Ainda assim, “Viseu tem uma boa resposta, mas destas restrições poderá resultar a necessidade de mais oferta de testagem”, alertou.
De acordo com a AHRESP, a “solução” passa pela implementação de “apoios muito robustos, mas também muito rápidos” e, a seu ver, só assim” é que se poderá pensar que ainda há vida, para além da pandemia. Caso contrário, sobrevivemos na pandemia e morremos economicamente e socialmente”, concluiu.
O Conselho de Ministros decidiu antecipar para dia 25 de dezembro o período de contenção e de apertar a obrigatoriedade de testes no acesso a vários estabelecimentos e atividades.
Assim, nos dias 24, 25, 30 e 31 de dezembro e 1 de janeiro é obrigatória a apresentação de teste negativo para acesso a estabelecimentos de restauração, casinos, bem como festas de passagem de ano.
Além disso, passa a ser também obrigatório um teste negativo no acesso a estabelecimentos de hotelaria e alojamento local.
Em paralelo, foi ainda decidido tornar o teletrabalho obrigatório a partir do dia 25 de dezembro, e determinado o encerramento dos bares e discotecas a partir dessa data, antecipando-se assim o início do período de contenção que estava previsto iniciar-se em 02 de janeiro.