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O concelho de São Pedro do Sul volta a receber, de 2 a 7 de julho, o Goat Community Intimate Festival, que entra na terceira edição. O festival de música eletrónica e bem-estar foi apresentado esta sexta-feira (23 de maio) no Retiro da Fraguinha, o cenário escolhido para receber o evento.
Este ano, o Goat espera receber 2.500 pessoas, mais 500 do que na edição anterior, e tem a lotação praticamente esgotada, pelo que são esperadas 12.500 entradas por dia. O evento conta ainda com um cartaz de artistas nacionais e internacionais. “Nós temos mais de 40 artistas. Temos artistas basicamente de todo o mundo”, disse o organizador Bruno Regueira na apresentação do evento.
O cartaz inclui nomes como Awarë, Awka, Ben & Vincent, Kekonoma, Rampue, Socko, Port do Soul, Philipp Johann Thimm, Jorge Martins, Kaptain, John Woods, Larry Oz, Madota, Martin, Mashrik e Mendes, entre vários outros. “Tentamos sempre ter um balanço entre mulheres e homens na contratação de DJ’s, porque é fundamental que haja esse equilíbrio”, revelou o organizador.
Além da música, também há vários nomes associados ao bem-estar que vão estar presentes no Goat. Bruno Regueira destacou o “acréscimo de mulheres” neste evento.
“Quando vamos a este tipo de evento de música eletrónica, é sempre muito associado a homens. Nós aqui revertemos e incluímos esta parte do bem-estar que faz com que atraia um maior número de mulheres com o yoga, as meditações e os banhos de gelo. A faixa de idades entre os 31 e os 35 anos é o grupo mais representado”, acrescentou.
Este ano, o Goat tem ainda um espaço dedicado aos mais novos e a organização decidiu renovar o cenário com a melhoria dos palcos, abolir o plástico – adotando copos de metal a pensar na reutilização e na sustentabilidade – e não vender passes diários, pelo que quem quiser assistir deve comprar um passe geral para os cinco dias do festival.
“Este ano optámos por uma estratégia, porque o nosso objetivo é ter as pessoas o máximo de número possível aqui na nossa região. Decidimos fazer o Decompress, que é um pacote de dois dias depois do festival em que as pessoas ficam no hotel, onde tem uma comida muito mais saudável. As pessoas também acabam por ficar ainda mais dois dias, acabam por ficar por sete ou oito dias aqui na nossa região”, afirmou.
Bruno Regueira também realçou as nacionalidades dos espetadores, com destaque para os Estados Unidos que representa nove por cento dos visitantes e para países europeus como Países Baixos, Reino Unido, Espanha e Alemanha. Já Portugal contribui com 28%. “Nós temos muita gente a vir de Lisboa e do Porto também”, sublinhou ainda.
Além disso, o Goat é um festival sem dinheiro, sendo que os pagamentos são todos feitos por cashless (sem dinheiro físico). “Além de termos um controle, nós também conseguimos ter noção do impacto, ou seja, do quanto as pessoas acabam por despender aqui no nosso festival”, explicou Bruno Regueira.
Para o futuro próximo, o organizador quer que o Goat continue a ser um “festival intimista”. “Queremos que a experiência seja melhor. Portanto, queremos continuar neste número das 2.500 pessoas, mas obviamente melhorar todas as estruturas e ir mudando um bocadinho a dinâmica do nosso festival. A nossa ideia também, obviamente, é que o nosso festival tenha um impacto bastante grande, não só na região, mas no centro do país, o que para nós é extremamente fundamental”, rematou.
O evento também tem uma vertente solidária, tendo apoiado instituições como a ASSOL, a 1 Mão por 1 Pata e os Bombeiros de São Pedro do Sul e Santa Cruz da Trapa, corporações que no ano passado receberam 5.000 euros do festival.
Também na apresentação esteve o vice-presidente da Câmara de São Pedro do Sul, Pedro Mouro. O autarca destacou a importância de eventos como o Goat para promover a zona das Montanhas Mágicas, na qual o concelho está integrado.
“As pessoas começaram a olhar para estes territórios, para estes locais de uma forma diferente como locais de oportunidades, como locais que tínhamos que preservar aproveitar e sobretudo como locais que tínhamos que publicitar porque de facto nós temos sítios fantásticos, com potencialidades fantásticas e que nós estávamos a aproveitar e que em generalidade as pessoas não conheciam, até pessoas de São Pedro do Sul”, disse.
Na opinião de Pedro Mouro, o Goat acaba por ser “muito mais que um festival, é uma estratégia que tem ainda pernas para ganhar outra dimensão”. “E, às vezes, quando é para ganhar outra dimensão não estamos a falar só de público, de trazer mais gente, mas uma outra dimensão, uma dimensão mais sustentada, trazer outros públicos”, acrescentou.
O vice-presidente da Câmara de São Pedro do Sul também realçou que este ano já superou os registos dos anos anteriores nas dormidas do concelho e que os eventos “têm contribuído muito para a economia local e a dinamização do território”.
O Goat foi distinguido em 2024 com o prémio de Melhor Novo Festival nos Iberian Festival Awards.