8-7-2025
Festival Mosaico
hermeto pascoal _ Gabriel Quintão
casas habitação aluguer comprar
WhatsApp Image 2025-05-28 at 115107
aluguer aluga-se casas

Neste episódio de “A comer é que a gente se entende”, descobrimos…

08.07.25

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

07.07.25

Rimas sociais, um podcast que dá voz às causas sociais urgentes através…

02.07.25
autárquicas 25
psd
domingos nascimento tarouca autárquicas
CasadeSantar_4
pexels-weekendplayer-735869
Captura de ecrã 2025-06-26 171722
Home » Notícias » Colunistas » Mário Soares e Ernesto Melo Antunes

Mário Soares e Ernesto Melo Antunes

 Mário Soares e Ernesto Melo Antunes - Jornal do Centro
30.11.24
partilhar
 Mário Soares e Ernesto Melo Antunes - Jornal do Centro

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

Como se viu esta semana, os partidos mais à esquerda no parlamento não gostaram que a Assembleia da República assinalasse o 25 de Novembro de 1975. Um deles, o PCP, até decidiu primar pela ausência. Isto significa que ainda não estão completamente curadas as ressacas do chamado Verão Quente de 1975, verão que foi quente no clima e escaldante na política. 
Depois de o bispo de Braga ter sido humilhado por militares de esquerda no aeroporto de Lisboa, no dia 10 de Agosto, uma caterva zangada assaltou a sede do PCP da capital do Minho e pegou-lhe fogo. Dois dias depois, em Viseu, houve assaltos às sedes do PCP e de outros partidos de esquerda, para além de terem sido estraçalhadas duas lojas de simpatizantes comunistas. Houve doze feridos naquela noite.
A “rua”, tanto à direita como à esquerda, estava a armar-se e a autoridade do Estado diminuía todos os dias. Este caminho para o abismo foi atalhado por dois Homens com agá grande: Mário Soares (que sabia que só a democracia podia salvar o país e tinha força para mobilizar a população civil) e o major Ernesto Melo Antunes (que sabia o mesmo e tinha influência sobre os militares).
O 25 de Novembro de 1975 foi importante porque trouxe ordem às tropas e acabou com o manicómio e a indisciplina nos quartéis.
E o dia seguinte não o foi menos porque trouxe ordem à sociedade civil quando Ernesto Melo Antunes, numa comunicação televisionada a partir do Palácio de Belém, tirou o tapete aos direitolas revanchistas que queriam ilegalizar o PCP. Com a sua autoridade moral, o líder dos militares moderados avisou “que a participação do Partido Comunista Português” era “indispensável” e a nossa democracia tinha “de avançar com ele” e que, se tal não fosse feito, “os portugueses, sem mesmo saberem porquê”, iam lançar-se “uns contra os outros”.
Naqueles dias de todos os perigos estivemos a milímetros da guerra civil. 
A democracia foi salva por Mário Soares. A relutância da ala woke socialista em celebrar o 25 de Novembro é ignorante e estúpida.
A democracia foi salva por Ernesto Melo Antunes. O PCP deve-lhe muito. Faria bem mostrar a sua gratidão àquele capitão de Abril na cerimónia celebrativa do 25 de Novembro do próximo ano.

 Mário Soares e Ernesto Melo Antunes - Jornal do Centro

Jornal do Centro

pub
 Mário Soares e Ernesto Melo Antunes - Jornal do Centro

Colunistas

Procurar