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Médicos concordam com fim da obrigatoriedade do uso da máscara

 Médicos concordam com fim da obrigatoriedade do uso da máscara
10.09.21
fotografia: Jornal do Centro
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 Médicos concordam com fim da obrigatoriedade do uso da máscara
12.09.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Médicos concordam com fim da obrigatoriedade do uso da máscara

A Ordem dos Médicos do Centro concorda com o fim do uso obrigatório das máscaras na rua, mas diz que todo o cuidado é pouco.

O aviso é do presidente da secção regional, Carlos Cortes, que pede precauções sobretudo para as pessoas que têm várias doenças ou são imunodeprimidas. Esta semana, DGS recomenda máscara em aglomerados e escolas.

Em declarações ao Jornal do Centro, Carlos Cortes lembra que as pessoas “têm de manter todas as precauções em relação ao vírus”. “Retirando a máscara, é uma proteção que se perde”, defende.

O médico diz que, mesmo com “uma percentagem muito elevada de pessoas vacinadas”, estas ainda podem contrair a doença, ainda que o risco seja reduzido.

“Há uma percentagem muito baixa à volta de 1 por cento ou mesmo abaixo, mas as pessoas continuam expostas. Portanto, aquelas que têm várias patologias, não têm o sistema imunitário perfeitamente competente ou tenham uma certa idade têm de manter as precauções”, acrescenta.

Entretanto, foi anunciado que a utilização de máscara será obrigatória em todos os estabelecimentos de ensino superior no novo ano letivo.

A obrigatoriedade de uso de máscara abrange ainda espaços comuns de residências de estudantes, bibliotecas e espaços de atividades científicas, e destina-se a estudantes, docentes, não docentes, investigadores e outros colaboradores do ensino superior, adianta um documento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, ao qual a agência Lusa teve acesso, com orientações para o arranque do novo ano letivo em condições “adequadas de segurança e saúde pública” face à pandemia da Covid-19.

A reutilização adequada de máscaras, “de acordo com as instruções do fabricante, em termos sanitários e ambientais”, é outra das orientações constantes do documento.

Recordando que o contexto em que se inicia o novo ano letivo é diferente do anterior, já que o risco de contágio por Covid-19 se encontra “mitigado” devido à “elevada fração de população já vacinada, incluindo os jovens adultos”, o documento determina ainda que seja acautelada a higienização das mãos com solução desinfetante, à entrada e saída dos estabelecimentos, das salas e espaços comuns, e o distanciamento nas salas de aula, bibliotecas, bares, cantinas e laboratórios.

A higienização de todos os espaços, respeitando as normas e orientações da Direção-Geral da Saúde, com a garantia de existência de material e produtos de limpeza para os procedimentos adequados de desinfeção e limpeza dos edifícios, constam também do documento, além da disponibilização de informação sobre a forma correta de lavar e higienizar as mãos, etiqueta respiratória e distanciamento e da definição dos circuitos de entrada e saída.

Também a realização de congressos, reuniões, conferências e eventos deve observar as normas da DGS e da legislação em vigor.

Para as residências de estudantes, a tutela determina que cada residência deve adequar o plano de contingência, respeitando as normas e orientações da DGS, nomeadamente os procedimentos a adotar perante um caso possível, provável ou confirmado de Covid-19.

Médicos também a favor do fecho dos centros de vacinação

Carlos Cortes é também favorável ao encerramento dos centros de vacinação, o que poderá acontecer já no final deste mês de setembro. O presidente da Ordem dos Médicos do Centro defende que esta medida vai permitir que os médicos de família que foram chamados para os centros de vacinação “possam voltar ao centro de saúde para fazerem o seu trabalho, atendendo os doentes”.

“Muitos doentes têm tido atrasos consideráveis nos diagnósticos das suas doenças e no seu tratamento e acompanhamento e é isso o que é verdadeiramente importante neste momento de pandemia. Nesse aspeto, a medida é positiva”, explica.

Mesmo assim, aponta também para o número “muito importante” de pessoas que ainda estão por vacinar contra a Covid-19 e não só e diz que faltou discussão sobre esta matéria.

“Estamos a entrar agora num período muito sensível que é o início do inverno. Também temos de começar a vacinar as pessoas contra a gripe e, portanto, vai haver aqui um acréscimo muito importante de trabalho. Tudo se pode fazer desde que as coisas sejam previamente preparadas, definidas e discutidas e isso não aconteceu”, concluiu Carlos Cortes.

Em sentido contrário ao fecho dos centros de vacinação, Região Centro atingida com várias infeções de enfermeiros, acredita Ordem

O responsável também defendeu o reforço das equipas de enfermagem “não só nos hospitais e nos cuidados de saúde primários, mas também nos centros de vacinação” lembrando que poderá haver brevemente uma terceira dose da vacina contra o coronavírus.

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