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Os trabalhadores dos transportes rodoviários voltam a estar na próxima segunda-feira (22 de novembro) em greve.
Os motoristas de autocarros já tinham paralisado no início de outubro e, antes, a 20 de setembro. Autocarros voltaram a parar. Motoristas estão em greve.
Em causa está a reivindicação de aumentos salariais para estes trabalhadores, além do subsídio de refeição. Os motoristas também contestam a sobrecarga horária no trabalho.
A greve vai abranger todos os trabalhadores das empresas privadas do setor rodoviário de passageiros associadas na Associação Nacional de Transportes de Passageiros (ANTROP), e das da empresa Transdev, onde se aplica o Contrato Coletivo de Trabalho Vertical.
Em declarações ao Jornal do Centro, o sindicalista Hélder Borges afirma que os trabalhadores não admitem “a imagem que as empresas querem dar aos motoristas”, argumentando que as operadoras se queixam da falta de funcionários “quando pagam o salário mínimo”.
“Com a carga horária e as responsabilidades que temos, não podemos aceitar que o salário mínimo seja a bitola para este setor”, afirma o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal.
Hélder Borges acusa ainda as empresas de autocarros a obrigarem os trabalhadores a fazerem muitas horas de serviço.
“Esperamos que os trabalhadores percebam qual é a posição das entidades patronais, que tiraram benefícios do Governo ao nível da pandemia. Agora estão nos concursos públicos a justificar o preço por quilómetro, tentando economizar a mão de obra e o salário do trabalhador. Quer dizer que as empresas fazem concorrência entre elas para ganhar os concursos, mas sempre a pensar na precariedade”, afirma.
O sindicalista acrescenta que os motoristas “são obrigados a ter mais trabalho suplementar para conseguirem sustentar a família”.
“Baixando o salário base, as empresas obrigam os trabalhadores a trabalhar mais dias da semana. Em vez de trabalharem cinco dias, trabalham seis. E, em vez de oito horas, trabalham durante 12 ou 14 e não trabalham mais porque a lei não permite”, remata Hélder Borges.
Os sindicatos exigem o aumento do salário base do motorista para 750 euros, bem como uma atualização na mesma percentagem para os demais trabalhadores, além da redução do intervalo de descanso para o máximo de duas horas.
Nas negociações, a ANTROP e a Transdev tinham proposto aumentos salariais nos valores de 10,5 e 10 euros por mês, respetivamente.
As ações de luta regressam no dia 2 de dezembro. Segundo os sindicatos, as principais empresas de transportes de passageiros na região de Viseu empregam um total de cerca de 250 funcionários.