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Nem todos os presidentes de câmara que integram a empresa intermunicipal criada com cinco municípios e liderada pelo de Viseu concordam com a decisão tomada pelo autarca Fernando Ruas em aderir à empresa Águas do Douro e Paiva. Mangualde já fez saber que não tem intenção de fazer parte deste subsistema. Marco Almeida diz que a melhor era aquela que sempre foi discutido e que passa pela construção da nova barragem de Fagilde.
Fernando Ruas anunciou na última quinta-feira que já assinou o pedido de pré-candidatura para adesão à Águas Douro e Paiva para que este sistema, “o mais barato do país”, abasteça em alta o concelho.
O autarca contou também que as restantes autarquias, com quem Viseu tinha assinado um protocolo para constituir a empresa Águas de Viseu – Penalva do Castelo, Sátão, Mangualde e Nelas – “têm liberdade total para decidir, mas alinharam” na decisão viseense.
“Fizemos uma carta de pré-adesão ao sistema e sugerimos que fizessem o mesmo”, disse no final da última reunião do executivo camarário. Sátão deverá seguir este caminho, assim como Nelas (ambas autarquias do PSD)
Mas ainda há dúvidas. Além de Mangualde (PS), o autarca de Penalva do Castelo (PS) admite que ainda está a equacionar esta solução, embora admita que a empresa intermunicipal tem de continuar para ter força a reivindicação da nova barragem.
A empresa intermunicipal, que no início começou a ser criada com nove municípios e passou agora para cinco, surgiu para enfrentar a seca que se fez sentir em 2017 e avançar com a construção de uma nova barragem para substituir a de Fagilde que ficou seca naquela altura, tendo sido abastecida por camiões.
Apesar de ser unânime a construção desta infraestrutura, a oposição PS na Câmara de Viseu contesta a integração no subsistema do Douro e Paiva. O vereador João Azevedo considera que “esta decisão não é a melhor” para o território e acusa Fernando Ruas de ter deitado “para o lixo” mais de 300 mil euros em estudos e projetos pagos pelas autarquias para resolver o problema da seca na região.
O socialista, considerando que a decisão vai ser “catastrófica para o concelho e para outros vizinhos”, desafia ainda o autarca a explicar quanto vai ser gasto nesta adesão e o impacto que isso terá na fatura da água.