Cultura

Mais de 40 figuras dos santos populares em exposição no Museu Almeida Moreira

Museu de Viseu recebe a exposição "Santos Populares: Entre a devoção e a festa" a partir desta sexta-feira, com peças oriundas de várias paróquias da Diocese

Fotógrafo: Igor Ferreira

O Museu Almeida Moreira, em Viseu, recebe esta sexta-feira (10 de junho) a exposição "Santos Populares: Entre a devoção e a festa".

A mostra resulta de uma parceria entre o Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu e a Câmara Municipal, sendo que a inauguração contará com a presença de personalidades como o bispo de Viseu, D. António Luciano.

Segundo os organizadores, a mostra apresenta mais de 40 peças provenientes de diversas paróquias da região refletindo sobre as celebrações de Santo António, São João e São Pedro, que se revestem de “diversas expressões, onde a vivência da fé se cruza com realizações mais profanas, assumindo sempre uma ambiência de festa e alegria”.

“Neste projeto expositivo perspetivou-se a integração desta simbiose entre a devoção e a festa, tão marcante na tradição cultural portuguesa. Expõem-se diversas esculturas e pinturas dos santos ditos populares, expressivas da veneração das comunidades e representativas dos programas iconográficos que lhe estão associados e são mais recorrentes no território da Diocese de Viseu”, explicam os promotores.

As cerca de quatro dezenas de peças que vão estar em exposição são provenientes das paróquias de Bodiosa, Couto de Baixo, Ferreira de Aves, Lordosa, Pindo, Pinheiro de Aguiar, São Joaninho, São Pedro do Sul, São Salvador, Sátão, Senhorim, Travanca de Tavares, Vila Maior e Vouzela, bem como da Confraria de Santo António, da Ordem Terceira de São Francisco e dos seminários da Diocese.

“A piedade popular é evidenciada pela presença de pagelas e das referências a algumas tradições aliadas aos santos juninos. A colocação de algumas peças associadas às procissões remete-nos para o significado profundo que elas têm para os fiéis enquanto caminhada de oração do Povo de Deus e ação evangelizadora”, acrescentam os mesmos organizadores da mostra.

A exposição também evoca, “ainda que de forma meramente indicativa”, os arraiais e a diversão popular “através dos característicos enfeites de rua e de algumas quadras do cancioneiro popular”.