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25 de 01 de 2023, 10:45

Diário

Greve de funcionários e professores fecha escolas em Mortágua

EB 2,3 e Secundária encerradas. Jardim de infância do Centro Escolar fechado. No centro educativo só estão em aulas quatro turmas do 1º ciclo

greve professores e funcionários Mortágua

Os alunos das escolas básica 2,3 e secundária de Mortágua estão sem aulas esta quarta-feira (25 de janeiro) devido a uma greve dos professores e funcionários. Os docentes e auxiliares concentraram-se em protesto, ao início da manhã, em frente a um dos estabelecimentos de ensino. A manifestação juntou largas dezenas de profissionais da educação e até alunos.

Os manifestantes empunhavam duas grandes lonas com as frases: “Professores em luta!”; “Assistentes operacionais e assistentes técnicos em luta!”. Alguns dos docentes e funcionários protestavam ainda de cartazes nas mãos.

Depois do protesto, o pessoal docente e não docente, juntou-se numa reunião sindical. O plenário e a greve levaram ao fecho das duas escolas. O Centro Escolar tem apenas quatro turmas do 1º ciclo em aulas. O Jardim-de-infância encerrou portas.

“Devido à greve de pessoal docente e não docente e a uma reunião sindical não existem condições mínimas para assegurar a segurança dos alunos e o funcionamento das escolas”, pode ler-se no aviso assinado pelo diretor do Agrupamento de Escolas, Rui Parada da Costa.

“Assim, não haverá aulas hoje. Os alunos deverão regressar às suas residências, indo, se possível, nos transportes escolares ou procurando transportes alternativos”, conclui o aviso.

Este não é o primeiro dia sem aulas em Mortágua. Já no dia 12 de janeiro as escolas básica 2,3 e secundária estiveram encerradas devido a um outro protesto do pessoal docente e não docente.

As ações de protesto não se ficam por aqui. Em plenário os professores e funcionários das escolas de Mortágua decidiram juntar-se à greve por distritos de 7 de fevereiro da Fenprof, juntando-se ao protesto que vai decorrer em Viseu. No dia anterior, 6 de janeiro, os profissionais da educação de Mortágua farão uma marcha até à Câmara Municipal local.

"A inflação veio agravar isto um bocadinho. Temos menos dinheiro para trabalhar. Devíamos ganhar mais 200/300 euros. Esta luta é pelo reconhecimentos do pessoal docente e não docente, estamos contra as quotas, as avaliações e a não progressão na carreira", explica o professor Fernando Ramos.

"São anos e anos sem resolver estes problemas", lamenta em jeito de conclusão.