Diário

Mosteiro medieval de Penalva do Castelo com Centro Interpretativo

O Mosteiro do Santo Sepulcro ou Mosteiro das Águas Santas foi o primeiro mosteiro construído pela Ordem canónica e militar

Fotógrafo: EON, Indústrias Criativas

O Mosteiro de Santo Sepulcro em Penalva do Castelo vai ter um centro interpretativo e um anfiteatro ao ar livre e ainda integrar a rota medieval do concelho. As obras de requalificação estão a terminar e este é um dos projetos que teve financiamento no âmbito do Programa Operacional Centro 2020 para qualificação dos territórios em áreas consideradas prioritárias para as populações.

Segundo o presidente da autarquia, a recuperação do monumento envolve um investimento de 700 mil euros, uma obra que considera urgente, tendo em conta o avançado estado de degradação do mosteiro. A intervenção deverá ficar concluída até junho de 2023.

Francisco Lopes falou num ponto final de um capítulo que teve vários revés. O autarca lembrou que o monumento é propriedade privada e que foi preciso haver negociações para chegar a acordo com o proprietário a fim de celebrar um contrato de comodato pelo prazo de vinte anos, para viabilizar uma candidatura aos fundos comunitários.
Também foi necessário reclassificar o mosteiro no Ministério da Cultura, como monumento nacional, aliás o único no concelho de Penalva do Castelo.
“Quando dependemos de terceiros, tudo demora mais tempo, mas conseguimos fazer a candidatura e adjudicar a obra, cumprindo os diversos requisitos exigidos”, disse, frisando o protocolo que foi assinado também com a Ordem do Santo Sepulcro.

Com a obra concluída, Francisco Lopes assumiu que passam a haver mais “motivos” para os visitantes ficarem na região, nomeadamente coma criação de uma rota que vai dar a conhecer os monumentos e locais da época medieval, como a ponte perto do mosteiro e que já está requalificada.

O Mosteiro do Santo Sepulcro ou Mosteiro das Águas Santas foi o primeiro mosteiro construído pela Ordem de Cavalaria do Santo Sepulcro em Portugal, ordem canónica e militar, e a sua construção deve-se à iniciativa de D. Teresa, mulher do Conde D. Henrique. O mosteiro e a povoação, nessa altura, passou a ser denominada por Vila Nova do Santo Sepulcro (atualmente Trancozelos).
Encontra-se classificado como Monumento de Interesse Público desde 2013.