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“O custo de vida aumenta e o povo não aguenta”

 “O custo de vida aumenta e o povo não aguenta”
02.06.23
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A Jerónimo Martins apresenta um resultado líquido de 140 milhões de euros no primeiro trimestre de 2023, uma subida de 59% face ao período homólogo do ano anterior.
E isto à custa de quem??

Com lucro de milhões, as empresas de distribuição optam por manter baixos salários, continuando a manter os trabalhadores subjugados, quase obrigados a fazerem horas a mais para poderem sobreviver. Estes mesmos trabalhadores que ao irem às compras olham para as prateleiras que acabaram de repor e não conseguem levar os produtos que estão fora do seu poder de compra.
O cabaz de bens essenciais teve quase um aumento de 60%, levando a famílias terem que decidir o que podem levar, pondo em causa a sua alimentação. Torna-se imperativo a regulação dos produtos alimentares e de bens essenciais, para controlar a escalada de preços que tem havido, na base da especulação, e que tem levado aos lucros “pornográficos” excessivos.

No setor da banca os lucros de milhões falam mais alto que o direito à habitação, com um aumento excessivo nas taxas de juro. O Santander fechou o primeiro trimestre de 2023 com um lucro de 185,9 milhões, um aumento de 20% em relação ao ano transacto.
A especulação e a falta de regulação são as causas. Se as taxas de juro não subissem da maneira que subiram, os bancos não teriam obtido estes lucros escandalosos.
Mesmo com aumento de lucro não se inibem de fechar balcões e a despedir trabalhadores. E os que ficam, veem os seus direitos a serem atropelados e são pressionados com objetivos.
Está demonstrado quem está a enriquecer, com atropelos nos direitos laborais e desregulação de horários.
Por isso devemos mostrar a nossa indignação e vir à rua dia 3 de junho mostrar o nosso descontentamento. Porque o custo de vida aumenta e o povo não aguenta!

É preciso estarmos na rua porque é necessário ir contra o rumo do empobrecimento que está a ser colocado, fruto do aumento do custo de vida e da desvalorização dos salários.
O protesto no distrito vai ter lugar com a concentração junto ao Pingo Doce em Viseu, com uma deslocação até ao Santander. É preciso que os lucros escandalosos destes dois sectores sejam de quem realmente produz e não de quem daí retira dividendos.
É necessário travar o aumento do custo de vida.

 “O custo de vida aumenta e o povo não aguenta”

Jornal do Centro

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