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Ao passear pela Avenida Alberto Sampaio, na esquina entre esta avenida e a Rua dos Casimiros, encontra-se um edifício com vários andares de apartamentos e algumas lojas no rés do chão. Mas neste espaço nem sempre esteve o prédio que vemos hoje, e parte da explicação está precisamente na Rua dos Casimiros, ou mais concretamente no seu nome.
Antes do prédio que atualmente preenche esta esquina, existiu um dos melhores hotéis e Viseu. O “Grande Hotel de Portugal” abriu as suas portas em 1910 e foi erguido a mando do seu proprietário e toureiro, Manoel Cazimiro de Almeida. Este antigo membro da elite viseense nasceu em 1854 e viria a morrer em 1925.
O Grande Hotel de Portugal foi “construído para o fim com todas as comodidades necessárias”, como é possível ler num cartaz que publicitava este estabelecimento hoteleiro em 1910. No mesmo cartaz é ainda referido que o hotel continha um gabinete de leitura, casas de banho, uma “garage” e os seus hóspedes tinham ainda automóveis de aluguer à disposição. Tudo isto estava à disposição e qualquer viajante por mil réis por dia.
Na altura em que o GranPara muitos conhecido por Colégio de S. Agostinho, o edifício que ocupava a esquina da Avenida Alberto Sampaio começou por ser um dos principais hotéis de uma cidade de Viseu que conhecia os primeiros anos do século XX de Hotel de Portugal foi fundado, existia apenas mais um estabelecimento hoteleiro na cidade, o “Hotel Oliveira”. Este hotel era propriedade de Francisco José de Oliveira e localizava-se na Rua do Carvalho. O estabelecimento de Manuel Casimiro de Almeida estava classificado como sendo de terceira classe, e contava com um total de 26 quartos.
Manuel Casimiro de Almeida foi um monárquico convicto e, enquanto toureiro, chegou a participar em disputas na Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa. Tanto o seu irmão, Fernando Casimiro de Almeida, como o seu filho, José Casimiro de Almeida, foram igualmente cavaleiros tauromáquicos. Manuel Casimiro de Almeida foi um dos fundadores da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Viseu, onde chegou a ser comandante.
Após a morte de Manuel Casimiro de Almeida, o seu irmão assume a gerência do Grande Hotel de Portugal. Em 1939, segundo o roteiro “Hotéis e Pensões de Portugal”, do mesmo ano, as diárias no Grande Hotel de Portugal variavam entre os 28 e os 40 escudos. O pequeno-almoço custava três escudos, o almoço 12 e o jantar 14.
Foi na década de 1950 que o Grande Hotel de Portugal encerrou as suas portas definitivamente. Neste edifício surgiu então o Colégio de S. Agostinho, cujo primeiro diretor foi Francisco Sales Loureiro.