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O que se viu no dia 9 de julho de 2025 no MetLife Stadium foi mais que uma derrota — foi uma aula de futebol aplicada pelo PSG sobre um Real Madrid desorganizado e irreconhecível. E no meio de tudo isso, até quem apostava com código promocional da Placard teve pouco tempo para torcer por uma reação. Bastaram cinco minutos para o time francês abrir o placar e impor um ritmo que o gigante espanhol jamais conseguiu acompanhar.
Raúl Asencio, escalado de última hora devido à suspensão de Huijsen, foi o primeiro a falhar. Prendeu a bola por tempo demais na pequena área, permitindo a Dembélé roubar e servir Fabian Ruiz para o primeiro gol. Menos de três minutos depois, Rudiger tentou um passe lateral sem precisão, entregando de bandeja a bola para Dembélé ampliar. A essa altura, o Real já estava grogue.
O terceiro gol foi construído em velocidade, com Hakimi e Doue desmontando a marcação de um Madrid apático. Ruiz marcou de novo, selando um 3×0 ainda com 24 minutos no relógio. E poderia ter sido mais. Kvaratskhelia perdeu duas boas chances antes do intervalo. No segundo tempo, o PSG controlou o jogo com naturalidade — ainda deu tempo para Gonçalo Ramos fechar a conta em 4×0.
O placar poderia ter sido ainda mais humilhante. A equipe espanhola terminou o jogo mais aliviada por não ter sofrido cinco ou seis do que revoltada. O massacre foi total.
Florentino Pérez não mediu esforços em 2025. Reforçou a defesa com Dean Huijsen e o cobiçado Trent Alexander-Arnold, negociado por €10 milhões com o Liverpool para ser liberado antes do fim de contrato. Jude Bellingham teve sua cirurgia no ombro adiada só para estar presente no Mundial de Clubes. Até Luka Modric e Lucas Vázquez foram convencidos a ficar por mais uma temporada.
O projeto era claro: vencer o Mundial e reafirmar o Real Madrid como a maior potência do planeta. Para isso, Pérez antecipou a chegada de Xabi Alonso ao comando técnico, substituindo Ancelotti semanas antes da estreia contra o Al-Hilal. A aposta era ousada — mas, ao que tudo indica, precipitada.
O resultado? Uma equipe emocionalmente frágil, com falhas defensivas gritantes, pouco entrosamento e nenhum plano B. Alonso, tido como o salvador da nova geração merengue, teve sua autoridade abalada logo na primeira prova de fogo.
Não faltaram peças, não faltou orçamento. Faltou futebol.
Do outro lado, o Paris Saint-Germain vive uma temporada inesquecível. A vitória sobre o Real Madrid foi apenas mais um capítulo de uma sequência de conquistas que inclui títulos nacionais e vitórias convincentes contra gigantes da Europa. O técnico Luis Enrique conseguiu algo raro: fazer um time milionário jogar com harmonia e consistência.
A atuação no MetLife foi descrita por Fabian Ruiz como uma “completeness” — um retrato perfeito da superioridade técnica e tática. Ruiz marcou dois gols, Dembélé foi incansável, Mbappé participou das construções e o meio de campo foi simplesmente dominante.
Não houve sorte, nem polêmica. O PSG venceu porque foi melhor em tudo: transição, posicionamento, intensidade, finalização. E fez parecer fácil.
A sensação é que o clube francês deixou de ser um “quase” para se tornar um protagonista sólido no cenário global. O massacre sobre o Real Madrid, em uma semifinal de Mundial, apenas confirmou isso.
A torcida do Real chegou em peso ao MetLife, com gritos, bandeiras e aquela típica confiança merengue. Antes do apito inicial, era como se o estádio fosse deles. Mas tudo mudou rapidamente — as vaias começaram ainda no primeiro tempo e não pouparam ninguém.
Raúl Asencio foi o principal alvo, mas Rudiger também não escapou. Nem mesmo Kylian Mbappé, considerado o símbolo da nova fase do clube, foi poupado após um jogo apagado contra o ex-time. As expressões nas arquibancadas iam do choque à frustração mais crua.
Xabi Alonso, que mal teve tempo para se adaptar, agora sente o peso de liderar um elenco que parece desorientado e desconectado. O Real Madrid, gigante em história e orçamento, vive um daqueles momentos em que tudo parece grande demais — até mesmo para ele.
Não há promessa que resolva. Apenas a realidade dura de um clube que, pela primeira vez em muito tempo, foi colocado em seu lugar.