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Depois de analisar o pensamento e propostas dos 8 partidos concorrentes à autarquia de Viseu, tenho pena que a discussão sobre a cidade morra aqui e só regresse daqui a quatro anos. Helena Garrido dizia no Observador e tenho-a como jornalista séria: Esta campanha mostrou que há um distanciamento dos partidos em relação aos problemas dos cidadãos e uma irracionalidade nas prioridades da despesa. Isto agrava-se quando o poder é partido único e no nosso caso, com uma maioria que representa 1 em cada 4 eleitores. Uma legalidade sem aderência real!
Nesta campanha eleitoral estive especialmente atento às opiniões sobre as obras do Mercado 2 de Maio! O que disseram os 8 candidatos? O candidato do PSD está em desacordo; PS diz que se criou uma confusão; CDS que o Centro Histórico é um dos principais ativos; BE fala do impacto negativo em todo o panorama urbano circundante; PC que tudo está mal explicado e que se deveriam fazer alterações que minimizassem o impacto; PAN que o projeto é feio e a obra devia ser reavaliada; Chega custa-lhe ver os dinheiros, que tanto custam a ganhar a todos, serem “torrados” desta maneira; Iniciativa Liberal, isto é uma ferida no coração da cidade, um atentado arquitetónico e que vai matar o sonho de sermos Património Mundial junto da Unesco. Que a obra deveria ser parada!
Afinal quem é o pai desta ideia, que não a vejo ser defendida por ninguém, mesmo que aprovada formalmente em Assembleia Municipal apenas pelo PSD. Um mau exemplo de poder e pior de democracia.
Quase todos tocaram também num outro ponto sensível…É preciso olhar a organização e gestão da câmara! Há ideia de uma excessiva partidarização que dificulta os serviços e os mecanismos de fiscalização política ao nível autárquico são muito débeis.
Apesar das diferenças, vi boas ideias que mereciam mais atenção e discussão. Penso que foi por incapacidade de ouvir e corrigir erros que o mandato cessante falhou e a cidade perdeu! Que venha a Democracia Local e arranjem um criativo para resolver o Mercado 2 de Maio, porque mais parece ser do 1 de Abril…
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