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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Antes de começar o coro de críticas, mais frustrado do que eu com este desempenho só mesmo o Pepe. E não aceito argumentos da nacionalidade, porque dentro do campo falou em português claro: “C***, vamos. M*** para isto”. Posto isto, vamos ao “ainda bem”.
Que o futebol nos tolda a razão, é verdade, mas acharmos que a pandemia mudou de planeta é difícil perceber. Foi isso que transpareceram as atitudes das mais altas figuras da nação.
Apesar de fazer lembrar o convite para um pic-nic com churrasco no meio da floresta em pleno verão, até percebo as declarações a quente sobre viajar em massa para Sevilha, depois do apuramento conseguido a Ferro(S). Pior mesmo foi o insistir na ideia em pleno parlamento, com sorrisos pelo meio. Neste caso, o churrasco foi o bom senso e ficou esturricado. Ainda bem que sobre futebol, o presidente da Assembleia da República não deve voltar a falar antes de 2022.
Depois vem o Presindente da República… todos temos saudades de uns tremoços e uns finos, uns palavrões e um esbracejar na esplanada a ver a bola, num dia em que somos todos pela mesma equipa. Mas daí até ir dar “exemplo” vai um grande passo… até porque ninguém me pode garantir que viu uma esplanada de norte a sul do país onde as regras foram cumpridas!
Se isto não bastasse, chegámos ao dia do jogo e pimba, não foram nem um, nem o outro até Sevilha. Representou o país o ministro da educação, uma escolha a fazer lembrar as viagens de finalistas em Espanha só para jovens ou então foi pela educação e respeito pelas regras (esta foi piada fácil).
Na verdade foi um bom europeu. Não arreliámos a Merkel, metemos os Húngaros na cauda da europa, fomos simpáticos com o Macron e não vamos correr o risco da Bélgica impor um regresso forçado a todos os emigrantes portugueses que festejassem o apuramento.
Posto isto, ainda bem que estamos fora e que mais ninguém pensa como eu, ou ainda ia tudo para a rua festejar sem máscara!
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