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Os resultados da maior pesquisa global sobre atitudes em relação à demência revelam que o estigma em torno da doença está a aumentar entre a população em geral e até mesmo entre os profissionais de saúde. O Relatório Mundial de Alzheimer 2024 publicado pela Alzheimer’s Disease International (ADI), baseado numa pesquisa realizada pela London School of Economics and Political Science (LSE), identifica que 80% da população ainda acredita, incorretamente, que a demência é uma parte normal de envelhecimento e não uma questão médica, um aumento de 14% desde a última pesquisa realizada em 2019.
“Esta visão imprecisa da demência é uma grande preocupação, especialmente por parte dos profissionais de saúde, pois pode atrasar o diagnóstico e o acesso ao tratamento, cuidados e apoio adequados”, diz a CEO da ADI, Paola Barbarino, acrescentando que isto ocorre num momento em que novos tratamentos estão a ser aprovados em todo o mundo, juntamente com avanços em diagnósticos.
De acordo com o estudo, 88% das pessoas que vivem com demência afirmaram ter sido estigmatizadas, um aumento de 5% desde 2019.
A ADI afirma que os contínuos equívocos sobre a demência perpetuam o estigma para as pessoas que têm a doença.
José Carreira, presidente das Obras Sociais Viseu, assinala que o aumento de entrevistados que se sentiram mais confiantes para enfrentar o estigma, face a 2019, é uma boa notícia.
“É encorajador observar mais pessoas a sentirem-se mais confiantes para enfrentar o estigma contra aqueles que vivem com demência, o que mostra que todos podemos fazer a diferença”, assinala.
Já sobre as consequências do estigma, o isolamento é uma questão importante para as pessoas que vivem com demência. José Carreira afirma que, devido ao estigma crescente, as pessoas que vivem com demência estão a isolar-se.
“Os resultados da investigação evidenciam que 31% das pessoas que vivem com a doença evitaram situações sociais e 36% deixaram de se candidatar a emprego, por medo de serem estigmatizadas. Os resultados dos cuidadores foram igualmente preocupantes, com 47% a deixarem de aceitar convites para visitar amigos e familiares e 43% a deixarem de convidar pessoas. Sabemos que o isolamento social é um fator de risco para o desenvolvimento de demência e pode agravar os sintomas ou a saúde mental, pelo que isto é extremamente preocupante”, reforça.
Setembro é o Mês Mundial da Doença de Alzheimer.