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Margarida Benedita
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O pedido de demissão do Primeiro Ministro fez cair o Governo de maioria absoluta do PS. Os motivos são públicos, mas todos eles decorrem das escolhas, as más escolhas, feitas para a equipa governamental. Sucessivos avisos, substituições de secretários de estado e ministros, pelo menos 18, não foram suficientes para António Costa ter um gesto de grandeza e agir. Agora o mal está feito.
Dias 15 e 16 os militantes do PS vão eleger o novo Secretário Geral. Tal como muitos socialistas, tive o gosto de ouvir Pedro Nuno e José Luís Carneiro. Têm experiência governativa na “geringonça” e na “maioria absoluta”. Desempenharam bem as suas funções. O primeiro como Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e negociador, passo a passo, dos sucessivos entendimentos políticos e partidários que viabilizaram esta solução durante os quatro anos de uma legislatura com muitos desafios, mas sempre com contas certas e crescimento superior à média da União Europeia.
O segundo, como Secretário de Estado para as Comunidades Portuguesas, com um desempenho igualmente competente, sobretudo em momentos particularmente delicados vividos nesse período pelos nossos emigrantes nas diversas geografias em que a vida de uns e a liberdade de outros esteve em jogo. Foi sem surpresa que António Costa os promoveu a ministros, respetivamente, das Infraestruturas e da Habitação e da Administração Interna, pastas difíceis e normalmente polémicas. Estas foram boas escolhas.
Contrariamente a militantes de outros partidos com líderes sem experiência de governo ou mesmo debutantes na “res publica”, os socialistas têm dois candidatos virtuosos, experientes, mas diferentes na forma e no conteúdo. Um mais disruptivo, conhecido por querer decidir e “fazer acontecer”, outro mais “smooth” na ação e seguidor fiável da linha de António Costa que, como sabemos, desalinhou.
Curiosamente, os dois candidatos sublinham o que correu bem, mas esqueceram-se de refletir publicamente sobre as razões que nos trouxeram a esta crise. E isso não é um bom sinal, porque todos os eleitores querem é mesmo saber o que vai mudar e se o PS quer mesmo mudar.
Marco Almeida e João Azevedo, diretores de campanha de, respetivamente, Pedro Nuno e José Luís Carneiro, um Presidente e outro ex-Presidente da mesma Câmara de Mangualde, não têm um trabalho fácil e nenhum pode garantir antecipadamente um resultado.
Sente-se a falta de um debate televisivo clarificador, mas temos a experiência passada (António Costa e António Seguro) de que isso serviu mais aos adversários do PS do que ao próprio PS. À partida, “o aparelho” resolve sobre qualquer outro esclarecimento que não seja “o de quem está mais perto do poder”. A ideia de não fazer pode justificar-se por aí, mas custa. Ficámos nos monólogos internos. Só os militantes que ouviram todos os candidatos estarão mais habilitados na decisão.
Nas minhas notas finais deixo a surpresa de em Viseu não ter falado nenhuma mulher, nenhum jovem, pelo menos até à intervenção final dos candidatos, nem nenhuma personalidade da sociedade civil. A opção recaiu sobre os habituais.
As sondagens têm sido, em regra, mais “favoráveis” ao PS, sem me esquecer de que em dois anos parece ter perdido entre 12 a14 pontos nas opções dos eleitores. Tenho desvalorizado estes estudos de opinião, porque só a partir de janeiro (é minha convicção), conhecidos todos os candidatos a primeiro-ministro é que vão começar as escolhas e estas, como disse, vão ter um valor superlativo. Logo veremos se o PS terá sido superlativo na escolha do seu Secretário Geral e candidato a Primeiro Ministro. É que o povo fala a seguir.
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Margarida Benedita
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Diogo Pina Chiquelho