Miauuu! Chamaram por mim? Sou a Bella, a gatinha mais fofinha, saltitante…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
O Natal é um momento de união, onde o amor se torna…
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
Os vereadores do PS na Câmara de Viseu querem que os transportes sejam gratuitos para os refugiados ucranianos que chegaram ao concelho. A proposta foi lançada na quinta-feira (28 de abril), na última reunião pública do executivo.
A vereadora socialista Marta Rodrigues propôs a gratuitidade dos transportes no sistema MUV durante meio ano. Para sustentar a proposta, a opositora referiu que, até ao final da semana passada, o Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes do Politécnico de Viseu “tinha já efetuado 485 atendimentos, sendo que 453 cidadãos foram acolhidos no concelho de Viseu”.
“Atendendo que uma das necessidades mais básicas que estes refugiados apresentam é a mobilidade urbana para as diferentes deslocações e diligências que têm de fazer para a sua integração, propomos que seja considerada a gratuitidade de circulação na rede MUV por um período de seis meses para todas as pessoas deslocadas da Ucrânia com o regime de proteção temporária e que tenham sido acolhidas por famílias ou instituições de Viseu”, disse.
Quanto à habitação, Marta Rodrigues desafiou o executivo a aderir ao programa “Porta de Entrada” para arranjar casas aos refugiados. Na resposta, o vice-presidente da Câmara, João Paulo Gouveia, disse que a maioria está atenta. O autarca, que conduziu a reunião em substituição do presidente Fernando Ruas, criticou ainda a proposta de transportes gratuitos para os refugiados.
João Paulo Gouveia falou de uma proposta “infundada”. “Uma proposta para a Câmara tem de ser fundamentada, estudada e trazer uma resposta a alguma coisa. E o que aqui foi trazido foi uma mão cheia de nada”, disse.
O vice-presidente da Câmara frisou ainda que a Câmara mantém uma parceria com a Segurança Social e o CLAIM, em que são registadas as necessidades dos refugiados “para agirmos depois em conformidade”, e lembrou os apoios que a autarquia já deu à comunidade ucraniana.
“A Câmara está a dar um conjunto de apoios a quem veio da Ucrânia, mas temos de avaliar caso a caso e tomaremos as medidas necessárias para que a comunidade se sinta integrada e acarinhada, como temos feito até agora, mas temos de ter uma proposta concreta e não apenas transportes gratuitos para refugiados”, afirmou.
Central de Lupina: com chumbo, impediu-se um “desastre ambiental”, dizem socialistas
Ainda na reunião de Câmara, os vereadores do PS afirmaram que a central fotovoltaica de Lupina, recentemente chumbada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, ia causar um desastre ambiental no concelho por causa do abate de muitos hectares de árvores, nomeadamente de pinheiro bravo.
O socialista Miguel Pipa disse que não podia estar mais de acordo com o organismo público que inviabilizou o investimento, afirmando que havia alternativas e que, caso o projeto avançasse, ocorreria “um verdadeiro desastre ambiental”.
Na opinião de Miguel Pipa, o desenvolvimento do concelho não pode ser feito “a qualquer preço”. Já o vice-presidente da Câmara de Viseu, João Paulo Gouveia, criticou a intervenção do socialista e garantiu que os promotores do parque se comprometiam a compensar o abate de pinheiros.
“O ICNF chumbou um investimento de 300 milhões de euros. Nós sabemos que havia 260 hectares, mas não seriam todos completamente desafetados dos perímetros florestais, nomeadamente o de São Salvador e outros. Era apenas uma pequena parte e a própria empresa comprometeu-se a reflorestar outras áreas a designar pelo ICNF, de forma a fazer toda a compensação pelos pinheiros que iam ser abatidos”, defendeu.
O autarca social-democrata deixou ainda uma questão ao vereador da oposição: “Está para ser feita, através da linha de média tensão, a subestação de Bodiosa e a Câmara também irá dar o parecer. No sítio onde ela vai ser instalada agora, o terreno é completamente nu?”. Uma pergunta que ficou sem resposta.