Com a nega de Júlio Norte ao PSD, a poucos meses das autárquicas, o partido diz estar “sem condições” para constituir lista.
O atual presidente da Câmara de Mortágua, que tinha sido anunciado pelo líder do partido como candidato à câmara, não vai avançar, uma decisão que deixou Arnaldo Ferreira, presidente da concelhia do PSD de Mortágua, surpreendido. O dirigente aponta o dedo à nacional do partido.
“Como é óbvio, não tenho que fazer quaisquer juízos de valor sobre a renuncia do Júlio Norte. É um direito que lhe assiste e que respeitamos, e que recusamos comentar. No entanto, a candidatura de Júlio Norte e mais 100 autarcas foi uma imposição da Comissão Nacional, sem audição prévia da concelhia de Mortágua. Só soubemos no dia 20 de junho da desistência do Júlio Norte e ficámos muito limitados no tempo para arranjarmos candidaturas. A responsabilidade desta situação e deste atraso é da nacional do PSD”, refere.
Com as eleições marcadas para o dia 26 de setembro, o PSD de Mortágua diz agora que não tem condições para se apresentar a votos no concelho.
“A situação e o estado a que isto chegou tem a ver com o conhecimento formal da desistência do engenheiro Júlio Norte no dia 20 de junho, através da distrital. Ora, isso condiciona e torna-se impraticável apresentar lista à câmara, à assembleia municipal, juntas de freguesia, até finais de junho e isso é impraticável”, explica.
Arnaldo Ferreira afirma que o partido está agora a tentar arranjar soluções, sendo que uma coligação poderá estar em cima da mesa.
“Estamos disponíveis para trabalhar outra solução que a nossa distrital tem em mãos. A questão da coligação pode ser um solução mas ainda não há nada definido”, assegura.
Contactado, o presidente da distrital social-democrata, Pedro Alves, diz apenas que o partido está a trabalhar o processo autárquico em Mortágua com a mesma serenidade.
