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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
O presidente da Câmara de Viseu assumiu que só vai avançar com eventos culturais que não acabem à quarta-feira como o Carnaval do Brasil e que anda a “tapar os furinhos” de quem “despachou de forma direta 15 milhões de euros” em pouco tempo. No programa do Jornal do Centro 2+2 não são 4, a política cultural (investimento e orçamento) foi uma das questões colocadas pelo painel de comentadores a Fernando Ruas que diz que os eventos têm de ter “cabeça, troncos e membros”.
“Notaram alguma diferença no desenvolvimento da política cultural no concelho e cidade? Nós demos determinadas orientações e achamos que a política cultural incrementou-se. Agora é outro tipo de política”, começou por referir o autarca, não sem deixar um exemplo. “Então acha que eu gastava 25 mil euros para fazer um acontecimento no Rossio com cinco chefes a quem dava a cada um cinco mil euros? Eu dispenso isso sem problema nenhum. O que gastava naquilo eu tenho para onde dirigir, cumprindo outros objetivos”, reafirmou perante o painel.
Sem nunca avançar com o nome do anterior responsável pelo pelouro da Cultura, Jorge Sobrado, o presidente da Câmara de Viseu disse que um dos problemas que encontrou na autarquia, que voltou a liderar há um ano, foi o facto de da mesma “torneira” que jorrava para o orçamento haver alguém que tinha acesso a ela para “fazer despesa”. “Nós acabámos com isso na Câmara. A despesa é centralizada. É evidente que eu permito que todos que têm capacidade de decisão proponham despesas, mas não fica a decisão tomada. No passado recente era assim, aliás eu conheço alguém que teve acesso [à torneira] e durante algum tempo e despachou de forma direta quase 15 milhões de euros”, reafirmou.
Para Fernando Ruas, “a cultura tem de deixar raízes e não pode ser como o Carnaval do Brasil que acaba tudo na quarta-feira”. Instigado a exemplificar, o autarca contou: “Para um acontecimento que já tinha acontecido no país compraram-se três mil colchões, mas isto era para quê? Para uma coisa que pode ter grande impacto, e teve, mas que termina na quarta feira? Pergunto o que ficou da Europeade? Eu ainda não vi, ficaram os colchões e as fotografias, mas isto não me chega. Se tiver de escolher entre uma coisa que seja até mais simples e deixe raízes eu não tenho dúvida nenhuma”, sustentou.
O programa quinzenal do Jornal do Centro, e que pode ver no site ou ouvir na Rádio Jornal do Centro, contou nesta edição com o autarca como convidado. A descentralização, a regionalização e o investimento no concelho de Viseu são outros temas que pode ver aqui https://www.youtube.com/watch?v=TrSlQlQ12wU