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O presidente da Câmara de São Pedro do Sul anunciou esta segunda-feira (21 de junho) que está a trabalhar com a Águas do Douro e Paiva para a gestão de água. O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, elogiou e “apadrinhou o casamento”.
“Há a possibilidade e estamos em negociações, porque quero o assunto da água do meu concelho completamente resolvido, não só em qualidade, como também em quantidade, especialmente no verão, e, daqui a pouco tempo, poderemos avançar com a água que vem do Rio Douro e que já está muito perto de São Pedro do Sul”, anunciou Vítor Figueiredo.
No dia em que recebeu a visita do ministro João Pedro Matos Fernandes, para descerrar a primeira pedra da construção de um açude no rio Vouga, o autarca explicou que a água em alta passará a chegar da empresa pública Águas do Douro e Paiva.
“Traríamos água para grandes reservatórios no nosso concelho e, a partir daí, nós, Câmara, canalizaremos para a água em baixa, ou seja, para as casas de toda a área do concelho”, contou o autarca.
Vítor Figueiredo explicou que, atualmente, o município não integra nenhuma empresa intermunicipal, nomeadamente com os municípios servidos pela Barragem de Fagilde.
“Inicialmente andámos em negociações para que se efetivasse, mas houve um desacerto, os municípios não se entenderam e nós, como estamos muito longe dessas águas, não temos capacidade para chegar lá e surgiu-nos outra situação melhor, com água de melhor qualidade, em mais quantidade e em melhor preço”, destacou.
Uma integração na empresa pública Águas do Douro e Paiva que João Pedro Matos Fernandes elogiou e assumiu que não se importava de “ser o padrinho deste casamento”.
“Tem havido conversações que já vão muito adiantadas entre as Águas do Douro e Paiva e o município de São Pedro do Sul, e não só, e é esse casamento que tenho muito gosto em apadrinhar”, destacou.
No seu entender, um concelho como São Pedro do Sul, que tem 150 diferentes origens de água, “necessita de “reduzir o número de origens e melhorar a qualidade da água de consumo”, assim como há a “necessidade de reduzir bastante o risco de haver problemas”.
“As Águas do Douro e Paiva são a empresa no país que tem a água em alta mais barata do país e que tem uma capacidade sobrante de tratamento de água. A ETA de Lever está ocupada em cerca de 60% a 70%, portanto, há aqui uma capacidade sobrante, ou seja, há um duplo interesse que converge”, apontou.