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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
A situação financeira das IPSS é o maior problema que estas instituições têm em mãos. Quem o diz é José Costa, presidente da União Distrital de Viseu das Instituições Particulares de Solidariedade Social.
As declarações foram feitas à margem do Congresso da Confederação Nacional das Instituições Sociais, que arrancou esta terça-feira (7 de junho) em Viseu.
“Com a problemática da pandemia e a inflação devido à guerra, a situação agravou-se bastante e, por isso, estamos muito preocupados com a situação financeira das IPSS”, lembra o dirigente.
José Costa entende que é urgente repensar a taxa de IVA paga pelas IPSS, reduzindo-a, o que, sustenta, aliviaria financeiramente as instituições. O dirigente deixa também outras medidas que poderiam ser tomadas como a revisão dos acordos de cooperação e a subida das comparticipações, além dos custos da eletricidade, gás e combustíveis.
O presidente da União Distrital de Viseu das IPSS entende que a população já percebeu o quão estas instituições são importantes. “Com esta pandemia, realmente veio ao de cima a sua importância e as IPSS passaram a ser respeitadas pela população porque foram uma mais-valia e as instituições aguentaram toda esta situação, principalmente em relação aos idosos”, diz.
Ruas pede mais financiamento para as instituições
Já o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas pediu mais financiamento para o setor, sobretudo para o programa PARES, que visa o alargamento dos equipamentos sociais.
“Não é possível atribuir, no âmbito do PARES, 34 por cento a uma instituição para fazer um equipamento. Isso é atirá-la para os braços das autarquias, que também têm os mesmos problemas. Portanto, acho que deveríamos rever isto ou mudar o nome de programa para PARES para ÍMPAR, porque de facto não dá”, sustenta.
O autarca também agradeceu a escolha da cidade para ser realizado o Congresso. O autarca diz que o interior deu passos e que é preciso ser reconhecido enquanto tal.
“Eu diria que a quantidade de acontecimentos como este Congresso que nos escolhem atesta que cumprimos com a nossa obrigação. Há alguns anos, não era possível realizar congressos em Viseu, nem tínhamos instalações, nem capacidade hoteleira. O interior fez o seu trabalho. Agora, é preciso que a outra parte (Estado) também o faça. Não há aqui nenhum investimento público que não seja da responsabilidade das autarquias”, explica.
IPSS chegam a mais de 700 mil utentes
Na abertura do Congresso da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, em Viseu, o presidente da CNIS fez questão de lembrar que estas instituições empregam cerca de 200 mil pessoas em todo o país. O padre Lino Maia diz que o apoio das instituições chega a mais de 700 mil pessoas.
“Em muitas localidades, as instituições sociais são os grandes empregadores e são o sustento de muitas famílias e o grande motor de desenvolvimento de territórios cada vez mais esquecidos e desertificados, especialmente no interior do país”, frisa.
O presidente da CNIS diz que o congresso aconteceu em Viseu para que se dê mais atenção ao interior “e lembrar que talvez, mais importante do que a regionalização, é a aposta na descentralização e desconcentração”.
Instituições chegam onde mais ninguém chega, diz Presidente da República
Também Marcelo Rebelo de Sousa fez uma intervenção no Congresso das IPSS. Numa mensagem à distância, o Presidente da República diz que as instituições particulares de solidariedade social chegam onde mais ninguém chega.
“Sem o setor social e sem essas instituições, o país não seria o mesmo. As instituições estão próximas das pessoas, são pessoas, atendem com os mais variados cuidados. Nem sempre as autoridades públicas reconhecem aquilo o que fazem. Quero agradecer-vos, uma vez mais, o serviço ao país”, remata.
O sexto Congresso da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade decorre na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu e termina quarta-feira (dia 8).