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Vem aí uma profissão nova

 Vem aí uma profissão nova - Jornal do Centro
09.07.22
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 Vem aí uma profissão nova - Jornal do Centro

A história não se repete, mas há erros que insistimos cometer. Um deles tem a ver com a Comunicação Humana! Há sinais que a comunicação digital nos está a conduzir para relações, apenas com os idênticos a nós. Com isso o nosso horizonte de experiências fica mais limitado. O idêntico não dói, nem nos confronta, mas leva-nos a pensar e sentir cada vez menos. O digital, em francês numérique, não é a linguagem do pensamento, os números servem a rapidez, mas falta-lhes a emoção. Na comunicação digital, nem de interlocutor precisamos.

Por isso, há que tomar consciência de que ninguém nos ouve, nem confundir a comunicação com o like…E comunicar é tão necessário como respirar. É aqui que eu digo que aparecerá uma profissão nova, que será suportada na competência do saber ouvir e a quem pagaremos para nos escutar com atenção.
Duas experiências com quarenta anos de intervalo, elas mostram como a história se repete e como precisamos aprender com ela. Em meados dos anos 80 (EUA) a comunicação empresarial só estava focada no lucro para o acionista. Os executivos não ouviam o mundo, nem o interior das empresas. Tinham perdido a capacidade de escutar e era preciso mudar isso rapidamente, porque o mundo estava a mudar muito depressa. Apareceram então duas terapias de choque que também experienciei.

Uma mais suave, era passar um fim de semana numa cela com um preso e ouvir toda a sua história, com todos os detalhes. Depois era reproduzir isso para um grupo, vestindo a pele do preso. Era aprender a ouvir o outro com empatia. A outra era mais dura! Os executivos eram deixados numa aldeia no interior de África onde apenas se falava a língua nativa. Tinham que aprender a ouvir a linguagem dos sons, tons, gestos…E a comunicar-se durante um mês. Ninguém ficou igual!

O outro exemplo está a acontecer hoje na Dinamarca. É a chamada “Biblioteca Humana”! Em vez de se requisitar um livro, pede-se a uma pessoa identificada, para nos contar a sua história em 30m. Essas pessoas, tal como os livros, tem um título e que pode ser “sem abrigo, refugiado, bipolar”…E não julgues o livro pela capa! Aprende-se a ouvir o diferente, atento ás palavras, gestos, tiques, olhar. Treinem-se então para Ouver (ouvir+ver), porque a depressão é a perda da relação com o diferente, o medo do desconhecido e quando já nem a arte nos emociona! E o novo, esse nasce da discussão das opiniões diferentes…

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