No terceiro episódio do podcast Entre Portas, uma parceria entre o Jornal…
Brilhantina Gonçalves, Mariana de Campos , Virgínia de Jesus mantém viva a…
“Isto era tudo feito à mão. Desde a semente até ao pano.”…
Trinta anos depois da sua morte, José de Azeredo Perdigão será homenageado em Viseu, a terra natal do advogado e ex-presidente da Fundação Gulbenkian.
A iniciativa parte da Câmara de Viseu, da associação Viriatos.14 e da Fundação Calouste Gulbenkian, que irão evocar a figura e a obra do ilustre viseense neste domingo (10 de setembro) no conservatório de música que recebeu o seu nome.
As cerimónias de homenagem iniciarão com a deposição de uma coroa de flores na campa, pelas 10h30, num momento privado reservado à família e entidades oficiais, no Cemitério de Viseu.
Pelas 11h00, no Conservatório Regional de Música, terá lugar a sessão pública de evocação de José de Azeredo Perdigão e a apresentação do projeto BEIRA – Observatório de Ideias Contemporâneas Azeredo Perdigão.
A sessão contará com as intervenções do presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, e do administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, Guilherme d’Oliveira Martins.
A cerimónia de homenagem encerra com uma visita guiada ao Palácio dos Condes de Prime e à Casa do Miradouro.
A participação é aberta a toda a comunidade, estando sujeita a reserva prévia para o e-mail nic@cmviseu.pt.
Nascido em Viseu, a 19 de setembro de 1896, José de Azeredo Perdigão foi advogado, licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e também estudou em Coimbra, onde foi pós-graduado em Ciências Jurídicas.
Foi ainda doutor Honoris Causa em Direito pelas Universidades de Coimbra, do Porto, Nova de Lisboa, da Baía, do Rio de Janeiro e de São Paulo. Nesta área, destacou-se em grandes processos civis, comerciais e criminais.
Azeredo Perdigão foi também uma figura de elevada relevância para as artes e a cultura em Portugal. Como advogado pessoal de Calouste Gulbenkian, herdou a confiança deste milionário que, em testamento, lhe depositou a sua vasta coleção de arte.
Concretizou a criação da Fundação Gulbenkian, à qual se passou a dedicar-se desde 1956, tendo assumido a presidência durante 37 anos. Morreu em Lisboa, a 10 de setembro de 1993. Até hoje, continua a funcionar na capital uma sociedade de advogados que alberga o nome da figura viseense.