No coração do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, há…
Reza a lenda que foi um árabe, há mais de mil anos,…
Seguimos caminho por Guimarães, berço de Portugal e guardiã de memórias antigas….
O Centro Hípico de Viseu é este fim de semana palco do Concurso Nacional de Saltos de Obstáculos. A paixão pelos cavalos e pelo desporto equestre já se renova há 36 anos. Paixão essa que António Matos Almeida, um dos responsáveis pela organização da prova, renova todos os dias. Mesmo quando o calendário pede descanso.
“A minha paixão pelos cavalos chega ao ponto de preferir ficar a trabalhar com os animais do que ir de férias. Tenho algumas discussões com a minha mulher (risos). A paixão não diminui, pelo contrário, aumenta”, confessa o cavaleiro, que é um dos mais titulados a nível nacional.
A prova que este sábado e domingo é realizada em Viseu está inserida no Concurso Nacional de Saltos de Obstáculos. No elenco das provas, fazem parte competições mais simples como varas no chão para os principiantes, independentemente da idade. Em jeito de aumento da dificuldade, o campeonato termina no domingo com o Grande Prémio em que as barras atingem 1,35m de altura.
Ao contrário do que acontece com o Grande Prémio, as outras provas “não requerem apuramento de um dia para o outro”, detalha António Matos Almeida, cavaleiro natural de Tondela.
São esperados pelo menos 100 cavaleiros. “Os participantes costumam vir mais da zona Centro e Norte. E é verdade que os obstáculos são muito mais praticado nessas zonas. Lisboa, também. Vão chegar de Lisboa, Porto, Aveiro, Vila Real, Coimbra, Viseu e de mais lugares”, elencou o cavaleiro.
A organização vai ter disponível um bolo total de dez mil euros em prémios. “Serão distribuídos pelas várias provas. No Grande Prémio, há um valor monetário total de 3500 euros. O primeiro classificado ganha 25% desse valor, ou seja, por volta de 700 euros”, exemplificou.
A paixão pelos cavalos é, como se vai perceber este fim de semana, dos seis aos sessenta anos. E se não for literalmente assim, não fugirá muito. “A minha sobrinha, que é capaz de ser a mais nova de todos, vai participar com seis anos. É muito jovem. Daí fazermos uma prova em que as varas estão no chão.
Basicamente, o que fazem é desenhar um percurso a cavalo, basta que o animal passe por cima. Assim familiarizam-se com o animal e com o desporto. E vamos até talvez aos 60 anos. Mas não limitamos idades. Conheço quem com setenta anos ainda salte a cavalo”, explica António Matos Almeida.
A idade, complementa o cavaleiro, é como em várias situações, apenas um número. “Sei de cavaleiros que deixaram de montar a cavalo aos quarenta anos e conheço um senhor que com 90 anos, já não participa em provas, mas ainda dá diariamente um passeio de cavalo”, sustenta.
António Matos Almeida que ganhou o ano passado, não consegue já contabilizar quantas vezes venceu a prova. “São já dez vitórias seguidas”, avança. E irá avançar para nova corrida ao título de vencedor do grande prémio de campeão da prova do Grande Prémio de Saltos de Obstáculos.