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Os apaixonados pela história e pelo património têm agora a oportunidade de conhecer de perto um dos mais notáveis vestígios megalíticos da região. O Dólmen da Capela de Nossa Senhora do Monte, situado na freguesia de Penela da Beira, concelho de Penedono, foi palco de uma visita guiada conduzida pelo historiador João Ferreira da Fonseca e que está disponível em vídeo.
Este monumento funerário pré-histórico, classificado como imóvel de interesse público, integra-se num dos mais antigos núcleos de ocupação humana da zona e destaca-se pela curiosa integração da capela sobre o antigo dólmen, um testemunho raro da convivência entre o sagrado pagão e o religioso cristão.
Durante a visita, João Ferreira da Fonseca explica a história e a importância arqueológica deste dólmen, bem como os rituais e modos de vida das comunidades que habitaram o território há milhares de anos. É ainda abordada a transformação cultural e simbólica que o local sofreu ao longo dos séculos.
A iniciativa pretende valorizar o património local e sensibilizar a comunidade para a preservação da sua memória histórica, proporcionando aos participantes uma verdadeira viagem no tempo.
É a jóia entre os monumentos funerários megalíticos de toda a Beira Alta, realça a autarquia de Penedono, lembrando que foi classificado como Monumento Nacional no ano de 1961, dada a sua raridade e excepcional importância no contexto do património pré-histórico nacional.
Fica situado no centro de um amplo planalto e destaca-se na paisagem pelo conjunto patrimonial em que se insere.
Trata-se de um dólmen de grandes dimensões que foi cristianizado na Idade Média através da construção de uma capela, tendo sido a câmara funerária adaptada ao espaço religioso. É um monumento formado por uma câmara poligonal, com um corredor longo e átrio.
As intervenções arqueológicas permitiram conhecer profundamente o monumento funerário e exumaram-se diversos achados, hoje expostos no Espaço Identidade e Memória, como lâminas, machados e recipientes cerâmicos, micrólitos, um esferóide e ainda carvões relacionados com fogueiras rituais (datadas entre os anos 3290 – 3010 a.C.)