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O Plano Distrital de Emergência e Proteção Civil de Viseu foi ativado e é no norte do distrito – Penedono e S. João da Pesqueira – que a situação “está mais preocupante”, confirmou ao Jornal do Centro Jody Rato, o segundo comandante regional do Centro. Durante a noite e até às 14h30 desta sexta-feira, nestes fogos três pessoas ficaram feridas e um bombeiro foi assistido.
“A cabeça do incêndio, que já envolve dez municípios, está em Penedono e S. João da Pesqueira”, informou Jody Rato, admitindo que “há várias aldeias rodeadas de chamas”, mas que diz estarem a ser “protegidas” em vez de confinadas.
O comandante realçou que, “os bombeiros estão todas a fazer aquilo que são as defesas perimétricas, porque, em primeiro lugar, está a defesa de pessoas e bens, depois aquilo que é o combate”.
“O acompanhamento está a ser feito em todas as situações”, assegurou.
As aldeias são “um pouco” por toda a região, desde Penedono, Sernancelhe, São João da Pesqueira, mas também em Aguiar da Beira .
E cerca das 12h00, o presidente da Câmara de Aguiar da Beira esperava que mais meios chegassem o mais rapidamente possível para travar o incêndio que está cada vez mais perto de várias povoações na zona de Ponte do Abade.
“É uma situação muito crítica. Só temos os bombeiros de Aguiar da Beira no terreno e um helicóptero a fazer descargas. Isso não chega face à intensidade do fogo, que está a dirigir-se para as povoações”, disse Virgílio Cunha.
O presidente do município adiantou que o incêndio está em Ponte do Abade, Sequeiros, Barranha e Lezíria, na União de Freguesias de Sequeiros e Gradiz, no limite do concelho.
“O incêndio está numa zona de fronteira entre concelhos e é cada um por si. É um descontrolo total e aflitivo porque não temos meios para combater as chamas”, realçou.
Virgílio Cunha acrescentou que se trata de uma zona com “muita floresta” e povoações muito próximas.
“Estamos a avaliar se avançamos com a evacuação do lar de Ponte do Abade, está tudo pronto para isso”.
O presidente da Câmara de Aguiar da Beira referiu que, até agora, arderam uma casa de habitação, armazéns e barracões agrícolas, alfaias, povoamentos florestais, matos e terrenos agrícolas.
“Felizmente, não houve casas afetadas, mas, como isto está, não estamos livres que isso aconteça porque o fogo está a dirigir-se para as povoações”, declarou.
A caminho de Ponte do Abade está uma coluna de reforço e mais meios aéreos, mas o autarca desespera com a demora.
“A ajuda tem que chegar rápido. Além das temperaturas elevadas, o vento sopra com força e muda rapidamente de quadrante, o que contribui para intensificar o incêndio em direção às aldeias”, disse Virgílio Cunha.
Já o presidente da Câmara de São João da Pesqueira, Manuel Cordeiro, alertou para as chamas que assolam a localidade de Paredes, com cerca de 600 habitantes, considerando que a situação está muito má
“Aqui em Paredes está muito mau, muito mau mesmo, Está mesmo ao lado de duas casas e, se atravessar a estrada, entra no aldeamento. Estou aqui a insistir para ter mais meios aéreos”, disse à agência Lusa Manuel Cordeiro por volta das 13:00.
Manuel Cordeiro acrescentou que a estrada em causa é uma municipal que liga Trevões a Paredes e vai até Riodades.
O presidente da câmara disse que “já ardeu mato e castanheiros”, mas, “sendo importante, ainda é o menos”. “O que nos preocupa é se provoca danos em alguma casa ou em alguém”, acrescentou.
Já na quinta-feira o autarca de Sernancelhe, Carlos Santos, tinha dito que pediu ao comando nacional um “reforço de meios, quer terrestres, quer aéreos, mesmo compreendendo que não é só Sernancelhe que está a arder, mas que fosse articulado para minimizar os enormes prejuízos”.
“Já são de grande monta, de milhões de euros. Para além da agricultura e da indústria, há também habitação, embora não tenha indicação que sejam de primeira, as que arderam serão de segunda habitação. Falta-me confirmar”, reconheceu.
O Incêndio de Trancoso e Sátão (que envolve mais de 10 municípios dos distritos da Guarda e Viseu), que agora está a ser tratado como um só fogo, já consumiu 56 mil hectares de mato e floresta.
Neste grande incêndio estão mais de 1500 operacionais, nove meios aéreos e oito máquinas de arrastos, apoiados por mais de 700 viaturas.
Em Moimenta da Beira, população e bombeiros tentam salvar casas e bens em Arcozelo onde a situação, entretanto, acalmou. (Francisca Coutinho)