No coração do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, há…
Reza a lenda que foi um árabe, há mais de mil anos,…
Seguimos caminho por Guimarães, berço de Portugal e guardiã de memórias antigas….
por
Luís Cabral
Aos 19 dias do mês de agosto de 2025, já 2.35% do território português foi dizimado pela epidemia que assola todos os verões deste retângulo à beira-mar plantado e a culpa é de todos.
Para a oposição, a culpa é do governo, que não sabe gerir nada nem ninguém e que não aprende com os erros dos seus antecessores. Para o governo, a culpa é da comunicação social que expõe os incêndios como se de um jogo de futebol se tratasse, empunhando mais depressa um microfone que uma mangueira. Para os especialistas, a culpa é do aquecimento global acoplado à falta de limpeza das matas e florestas que criam o clima ideal para a proliferação do inferno. E para quem sofre? De quem será?
Decerto não será do jornalista que acha boa ideia perguntar no meio da azáfama decorrente do entra e sai de baldes de água se as pessoas têm medo de perder o trabalho de uma vida ou das régies que oscilam constantemente entre o incêndio de Arganil e o da Pampilhosa, não vá o espetador perder aquela flama característica que já nem um movimento de giesta apaga.
Não será também do poder local, que mais depressa corta fitas de inauguração que silvas numa floresta e que se surpreende quando uma mata com mais caruma que pinheiros é inevitavelmente engolida pelo calor da chama intensa.
Também não poderá ser do governo, que seja laranja ou cor-de-rosa encontra no azul-marinho um contraste ao verde queimado que, por uma razão, ou por outra, é mais apelativo para passar agosto.
Duvido que seja dos políticos que mais depressa vão ao interior pedir a dízima que dar a hóstia e que não veem em Viseu, Guarda ou Vila Real nada mais que 16 assentos parlamentares nas próximas legislativas.
Serão também inocentes os poderosos que, nascendo por entre as silvas e giestas do interior do país, passam a A1 ou a IP3 e se esquecem por completo das terras que os viram nascer na hora de votar portagens ou promover o “Portugal rural”
.Não… Deve ser do povo. Do povo que, completamente asfixiado pelo fumo da centralização, reencaminha os seus filhos para a área metropolitana mais próxima em busca de uma vida melhor que desesperadamente merecem. Do povo que, com vergonha entre os dentes, continua a dizer subservientementeque Portugal está entre a Arcada e S. Bento.
Uma coisa é certa… Há nos confins da Ibéria um povo que não se governa nem se deixa governar… Agora resta saber que povo é esse.
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Inês Silva
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Luís Cabral
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Miguel Gomes
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Francisca Damião
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Joaquim Alexandre Rodrigues