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Festival short/age regressa em novembro com sessão entre o humor negro e o terror psicológico

Exibição no Círculo de Criação Contemporânea de Viseu a 1 de novembro

 Festival short/age regressa em novembro com sessão entre o humor negro e o terror psicológico
27.10.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Festival short/age regressa em novembro com sessão entre o humor negro e o terror psicológico
27.10.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Festival short/age regressa em novembro com sessão entre o humor negro e o terror psicológico

O festival short/age – Shortfilms for a New Age regressa ao CCCV – P1, em Viseu, na noite de 1 de novembro, às 21h30, com uma sessão dedicada ao estranho, ao sombrio e ao provocador. O programa apresenta três curtas-metragens que cruzam o humor negro, o terror psicológico e a sátira política, contando com a presença do realizador português Chico Noras e da produtora Lara Mather.

Conhecido pelo seu olhar irreverente e pela abordagem estética ousada, Chico Noras assina duas das curtas exibidas: O Procedimento e Maria José Maria.
Em O Procedimento, o realizador constrói uma comédia distópica, onde a eutanásia se torna rotina num sistema que mede o valor da vida pela produtividade. Com um humor ácido e desconfortável, o filme levanta questões éticas e sociais sobre o utilitarismo extremo e a desumanização contemporânea.

Já Maria José Maria mergulha no passado, inspirando-se num caso verídico do século XIX português. Entre o terror e a ironia, Noras revisita a história de uma mulher cuja loucura desafia os limites da moral e da razão, transformando o sangue e o absurdo em matéria poética. Ambas as obras, embora distintas na forma, partilham uma visão crítica, criativa e inquietante do mundo, marca autoral do cineasta.

A completar a sessão, chega Golden Shower, da realizadora Stella Carneiro, apresentada pela produtora Lara Mather. A curta utiliza um humor provocador para converter tweets polémicos e discursos tóxicos num retrato grotesco da ascensão da extrema-direita e da misoginia online. É uma sátira feroz à era digital, em que a gargalhada se torna uma forma de resistência política e de sobrevivência cultural.

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