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Vendas do vinho do Dão caem em 2023, mas aumento do preço compensa perdas

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 Vendas do vinho do Dão caem em 2023, mas aumento do preço compensa perdas - Jornal do Centro
12.05.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Vendas do vinho do Dão caem em 2023, mas aumento do preço compensa perdas - Jornal do Centro
12.05.24
Fotografia: Jornal do Centro
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 Vendas do vinho do Dão caem em 2023, mas aumento do preço compensa perdas - Jornal do Centro

A venda de vinho da região do Dão no mercado nacional teve uma quebra no último ano. Se 2023 fechou com mais de cinco milhões e 500 mil litros vendidos, o ano transato tinha ultrapassado os seis milhões. Segundo dados do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), as vendas tiveram uma redução de 582.041 litros.

No último ano, para distribuição foram vendidos 3 772 332 litros, menos 506 193 litros do que em 2022. Já a restauração, o maior “consumidor”, representa a venda de 1 746 189 litros, menos 75 848 litros que no ano transato.

Ainda assim, apesar da quebra nas vendas, o aumento do preço acabou por compensar as perdas, como afirmou o presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão. “Conseguimos mais ou menos aguentar a situação compensado a queda de quantidade, com a melhoria do preço”, frisou Arlindo Cunha.

Em termos gerais, distribuição mais restauração, o ano de 2023 representou vendas de mais de 36 milhões de euros, um aumento de um milhão e 700 mil em relação a 2022 (35 140 000€). Numa comparação entre distribuição e restauração, foi a restauração quem deu mais dinheiro a ganhar ao setor com 21 100 756 milhões de euros (mais 2 336 721€ do que em 2022).

Apesar de no último ano a produção também ter apresentado uma quebra na região do Dão, passou de 286 821 litros produzidos para 279 213, esta não parece ser a razão para a redução das vendas, como explicou o presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão, Arlindo Cunha.

“Temos um mercado único, os vinhos transitam livremente de um país para o outro, há países que produzem muito mais do que nós, como Espanha, Itália ou França, e os vinhos quando não escoam para os mercados habituais pressionam o nosso mercado interno. O mercado interno português, tal como o resto da União Europeia, está algo saturado com stocks e as vendas tendem a baixar um pouco. Pelo meio também tivemos o fenómeno da inflação e, portanto, essa relativa redução na quantidade vendida no mercado foi compensada pelo aumento do preço unitário”, começa por explicar o responsável.

Arlindo Cunha lembra ainda que o setor não atravessa uma conjuntura favorável, que começou com a Covid-19 e que agravou com os conflitos em regiões como a Ucrânia. “Estamos numa conjuntura de mercado que não é a melhor para o setor do vinho, primeiro por causa da Covid-19 que parou o mercado, sobretudo no chamado canal Horeca, que é o vinho para restauração e hotelaria. Depois houve uma recuperação e quando estávamos a iniciar essa recuperação começaram os conflitos na Ucrânia e noutros espaços do mundo, mas sobretudo na Ucrânia, que afetaram o mercado de leste e nós tínhamos muita exportação quer para a Ucrânia, quer para a Rússia”, destaca Arlindo Cunha.

O antigo ministro da Agricultura frisou ainda a necessidade de apoiar o setor, antes que a situação se agrave. “Estamos numa situação em que é preciso tomar algumas medidas a nível europeu, nomeadamente uma nova operação de destilação para tirar do mercado o stock de vinho, sobretudo os de menor qualidade, para evitar que os preços do vinho baixem ainda mais”, alertou.

Ainda assim, Arlindo Cunha assegura que “a situação não é angustiante”, mas que “é uma situação de conjuntura de mercado que não é favorável e carece de medidas por parte do Governo”.

“A região do Dão é uma região média a nível nacional e quando há um desequilíbrio as medidas não podem ser tomadas por região têm que ser a nível nacional. As medidas, como a intervenção da poda em verde teriam que ser tomadas a nível europeu, porque como há a livre circulação do vinho do mercado interno tudo isso exige medidas que só fazem sentido se for numa ótica europeia. Num país pequeno como o nosso, com uma pequena quota de mercado, nada serve tomar uma medida restritiva de produção se depois os grades produtores não fi zerem nada”, sublinhou.

Questionado sobre o apoio da Comissão Vitivinícola Regional do Dão aos produtores, Arlindo Cunha explicou que a ajuda passa por “medidas de promoção em vários mercados”. “Gastamos por ano cerca de meio milhão de euros em promoção no mercado europeu e fora da Europa”, sustentou, destacando ainda a “articulação com outras regiões no sentido de sensibilizar o Governo para que sensibilize a União Europeia a tomar algumas medidas”. Sobre a nova campanha, o responsável deixou bons indicadores, mas voltou a alertar para a necessidade de medidas. “Para já, perspetiva-se uma campanha de produção acima da média o que significa que com os “stocks” que temos precisamos mesmo de ter alguma medida para escoar e poder evitar uma queda abrupta de preços”, alertou.

Douro aumenta vendas, mas também alerta para as dificuldades do setor
No Douro, a região onde se produz mais vinho em Portugal, as vendas tiveram um aumento, mas associações também alertam para a necessidade de medidas para o setor. Em 2023, entre distribuição e restauração, foram vendidos 16 561 395 litros, mais 555 956 litros que em 2022. Para a distribuição foram vendidos, em 2023, 11 345 477 litros e para a restauração 5 215 918 litros.

Em termos de faturação, 2023 representou mais de 165 milhões de euros, um aumento de 9 840 059€ do que no ano anterior (155 180 649€).

Recentemente, a Associação dos Viticultores Profissionais do Douro (Prodouro) fez chegar uma carta aberta ao ministro da Agricultura, defendendo como prioridade a gestão da oferta e a valorização da produção. O documento surge ainda a propósito da entrevista do ministro da Agricultura ao jornal Público, em abril, e já depois de um pedido de audiência conjunto feito a José Manuel Fernandes por parte de quatro organizações representativas da produção no Douro: a Federação Renovação do Douro, a Associação da Lavoura Duriense, a União das Adegas da Região Demarcada do Douro e a Prodouro.

“Aquilo que nos parece que é mais premente, que é mais prioritário, é gerir a oferta e valorizar a nossa produção”, afirmou Rui Soares, presidente da Prodouro, após a divulgação do documento dirigido à nova tutela.

A vindima de 2023 ficou marcada por alguma agitação social no Douro porque, invocando dificuldades de vendas de vinho, grandes empresas não compraram ou compraram uvas em menos quantidade aos produtores.

“É preciso acautelar os problemas atuais e a sustentabilidade de quem já está a produzir, porque estar a traçar cenários e a colocar isto na perspetiva do aumento da competitividade, da produtividade das explorações, sem acautelar o presente, não vale a pena”, referiu o dirigente.

Rui Soares defendeu ainda que são precisas medidas como, por exemplo, a vindima em verde, que já vai ser aplicada pelo terceiro ano em Espanha e que se traduz num apoio direto e imediato ao agricultor, bem como salientou a necessidade de se debaterem questões como a importação de vinhos de mesa, quando o país já tem um problema de excesso de stock.

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