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As eleições para a direção e conselho regional da Casa do Douro realizam-se no sábado com 18.655 viticultores/eleitores inscritos e 76 mesas de voto disponíveis, segundo informações fornecidas à Lusa pelo Ministério da Agricultura.
Este é o primeiro ato eleitoral para a direção e conselho regional depois do parlamento ter aprovado, em janeiro, a restauração da Casa do Douro como associação pública de inscrição obrigatória e que terá como missão representar a produção daquela que é a mais antiga região demarcada e regulamentada do mundo – o Douro.
Foram submetidas duas listas candidatas à direção do organismo. A lista A – Devolver a Casa do Douro aos Pequenos e Médios Viticultores – é liderada por Manuela Alves e a lista B – Douro Unido – é encabeçada por Rui Paredes.
Para o conselho regional de viticultores foram apresentadas 35 listas, tendo sido, posteriormente excluída uma delas em Santa Marta de Penaguião.
Para as eleições de sábado estão inscritos 18.655 viticultores/eleitores e estarão disponíveis 76 mesas de voto distribuídas por 17 concelhos da Região Demarcada do Douro.
Durante a semana foram-se ouvindo algumas críticas à organização do processo eleitoral, por parte nomeadamente dos dois candidatos à direção que lamentaram a falta de informação, e também se sucederam os apelos ao voto.
Câmaras como as de Vila Real (PS) ou Peso da Régua (PSD) usaram as redes sociais para fazer esse apelo ao voto e informar sobre a localização das mesas de voto onde os eleitores podem exercer esse direito e que corresponde ao local onde possuem a maior área de vinha, que pode coincidir ou não com a residência.
Instado a comentar estas eleições, fonte oficial do Ministério da Agricultura e Pescas, disse que a “tutela tem proporcionado todas as condições solicitadas pela comissão eleitoral e que foram colocadas pelos vários intervenientes, de forma a criar as melhores condições, de modo justo e equitativo, para a realização do ato eleitoral, facilitando o acesso a todos os candidatos e listas elegíveis, bem como a todos os viticultores/eleitores para realizarem o seu voto”.
“Uma organização representativa e legitimada da produção é vista como uma necessidade para a representatividade dos viticultores”, realçou o ministério de José Manuel Fernandes.
Para fortalecer a Região Demarcada do Douro (RDD), acrescentou na nota à Lusa, “é fundamental criar um ambiente colaborativo, coeso e ambicioso”.
“Dada a complexidade organizacional da região, é vital equilibrar a distribuição de valor entre produção e comércio e desenvolver uma dinâmica de promoção eficaz, que nos permita explorar novos mercados e consolidar os existentes. O diagnóstico está realizado, agora é hora de implementar uma valorização eficaz que una os aspetos que funcionam bem e reformule, se necessário, os que precisam de ser melhorados”, realçou.
Por fim, a fonte frisou que o “Ministério da Agricultura e Pescas está comprometido em modernizar a RDD, com respeito pelo legado reconhecido, mas sem permitir que isso nos impeça de enfrentar os desafios que surgem, assim como a paisagem da região, que está em constante mudança e evolução”.
As eleições de sábado cumprem a lei n.º28/2024 aprovada pela legislatura anterior, que previa a realização do ato 240 dias depois da sua publicação em Diário da República. A 26 de agosto foi publicada a portaria n.º 190-A/2024 que define o regulamento eleitoral e constitui a comissão eleitoral.
Criada em 1932 para defender os viticultores, a organização viu alterados os estatutos para associação privada de inscrição voluntária em 2014 e, dez anos depois, volta a ter uma dimensão pública.